A trajetória da alma implica em sua jornada pelos caminhos interiores. É ali, no mundo interno, que ela aprenderá a decifrar o grande enigma da vida. Parece ser algo extremamnete intelectualizado ou de uma sofisticação à toda prova. Não é. Seja com a mais completa consciencia ( que ocorrerá ao longo do tempo ) , seja em função das experiencias mais amargas, o espirito é levado para a realidade subjetiva, no sentido de interior, mas real, dos continentes luminosos que jazem em sua intimidade. A dor tambem impulsiona a alma para dentro.
A espiritualização do ser o submete à decifração das grandes verdades que se apresentam, muitas vezes, sob os símbolos e linguagem herméticos, fechados aos estágios de pouca maturidade que o indivíduo apresente. Não por acaso, Sócrates, o magnífico filosofo que antecedeu o Mestre de Nazaré, entendia na frase que encimava o templo de Delfos o ápice da sabedoria espiritual: "Homem, conhece-te a ti mesmo e decifrarás o enigma do universo". Isto demonstra o quanto de poder e luz, sabedoria e valor repousa em cada alma, mesmo nas mais atrasadas em termos de evolução.
O escopo das experiencias nos vai ensinando a decifrar, primeiramente, a nós mesmos, depois, a própria vida. O cinzel das lutas argamassa o campo das vivências com os elementos concernentes ao desenvolvimento dos sentimentos. As muitas batalhas do ser ao longo das várias vidas o adestra para alcançar as respostas. A esfinge, então, estará vencida. Os mistérios estarão decifrados. Isso não quer dizer que novos mistérios não apareçam. Pelo menos, os que sempre intrigaram e desafiaram a criatura humana em seu horizonte de HUMANO, portanto, fundamente limitado, estarão entendidos pela ânsia de conhecer que impulsiona nossa espécie.
Ante qualquer desafio à compreensão, já sabemos: nada de desânimo. Somos convidados à decifrá-lo. Somos chamados para um novo e mais amplo encontro conosco mesmo e, portanto, com a grandeza da vida.
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