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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

VALORES DA LIBERDADE

Falo, agora, uma postagem referente a um dos valores mais caros ao ser humano, a liberdade de expressão e o senso de responsabilidade que deve presidi-lo. E por que tal abordagem? mais uma vez o mundo islâmico está incendiado face a um filme ( para quem viu, de péssima qualidade )em que se desrespeitava a fé islâmica. Naturalmente que ninguem tem o direito de agir dessa maneira contra qualquer crença, convicção ou valor de outra pessoa. Pode-se até discordar mas respeitar sempre. Sabemos que essa é uma característica dos muçulmanos: reação vigorosa para quem publique qualquer imagem de Maomé ou desrespeite seus valores e a fé que professam. o Espiritismo, assim como qualquer vertente do cristianismo que leve em consideração as propostas do Evangelho, defende o direito de se buscar suas convicções. Deus não pertence a esta ou aquela denominação religiosa. São caminhos, cada uma com vertentes e visões que podem se aproximar um pouco mais, um pouco menos, da verdade.

Somos contrários a qualquer abordagem que achincalhe convicções religiosas, no entanto, pode-se fazer movimento de repúdio se o quiser, ir aos meios de comunicação mostrar a posição da religião ofendida, tudo bem. A democracia preconiza isto. O que qualquer movimento religioso necessita entender é que, reagir espalhando morte, condenando a assassinato seu semelhante, não pode ser agradável ao deus que dizemos acreditar. Imaginem se os católicos fossem queimar a rede globo pelo fato de uma personagem da novela Avenida Brasil debochar de valores que são caros aos valores do catolicismo? Ou pelo fato de Gabriela apresentar um padre que revira os olhos de maneira esquisita e serve aos coronéis da novela?

Pode-se argumentar que os islâmicos tem, no entanto, esses valores. Ora, não são valores da religião. São dos seguidores. o Al Corão prega a generosidade, a bondade, com certeza. Os extremos nascem dos homens. Assim como na cristandade, muitos males, violência, foram cometidos em nome de Cristo. São equívocos dos homens. A presidenta Dilma cometeu um deslize em seu discurso na Onu ao dizer que estaria em curso uma islamofobia no mundo. Sinceramente, não vemos isto. Ao contrário. Nos países ocidentais, continua a liberdade destes construírem suas mesquitas e estão, inclusive, crescendo em números. Os valores cristãos é que, no próprio ocidente, vem sofrendo restrições, mesmo em países de tradição cristã. E o cristianismo tem uma dificuldade enorme de se propagar em diversos países islâmicos.

Importante para o mundo que as diversas religiões encontrem guarida na liberdade para que auxiliem na espiritualização da civilização. Necessário que sejamos fiéis aos postulados de compaixão e amor que todas essas religiões preconizam. Se vivêssemos a mensagem que afirmamos acreditar, não nos ofenderíamos por críticas ou deboches que a insanidade dos descrentes viessem a produzir. Usaríamos o perdão nesses casos. Ofendemos, creio, muito mais a crença quando matamos ou violentamos mesmo que em sua defesa, do que aqueles que, em sua miopia moral e espiritual, ironizam as crenças. Agindo violentamente, de alguma maneira, atestamos que eles, os que não creem ,estariam, de alguma forma, certos. E não estão.

Um comentário:

  1. Creio que a colocação de Fred foi muito feliz pois valoriza a não-violência. Porém é inevitável o atrito entre a liberdade de expressão e a censura a imagem de Maomé. Os islâmicos(por uma questão de princípios) não permitem a exibição do profeta, mas eles não tem poder para impedir que o mundo livre o exiba. Esse é o problema. Dizer a um cristão ou a um ateu que eles não podem publicar imagens de Maomé porque fere suas leis é no mínimo ingênuo. O mundo não está submetido às regras islâmicas e isso deve estar bem claro. Creio que muitos não entenderam isso e querem se impor utilizando a intolerância. Ofender a crença dos outros é uma atitude muito infeliz, mas impor o seu ponto de vista e as suas leis é mais infeliz ainda.

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