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terça-feira, 11 de setembro de 2012

A QUESTÃO DA EUTANÁSIA

Duas das principais revistas semanais do país - Veja e Época- trazem, como reportagem de capa, sendo que a Época o fez na edição anterior, o problema da eutanásia, ou seja, o direito do paciente escolher parar o tratamento ou deixar em testamento que se desligue aparelhos ou os deixe de socorrer a partir de certos limites. Os motivos são os mais  variados para justificar a posição : não pesar sobre a família; parar de sofrer; não vê objetivo em prolongar uma situação terminal, enfim, são várias as explicações. E elas sinalizam, mais uma vez, o quanto nossa sociedade, embora "religiosa", vive à parte do entendimento dos mecanismos da vida em sua ascendencia espiritual.

Por não compreender a finalidade da reencarnação e não alcançar mais amplamente os desígnios da lei em relação às almas, cai-se, naturalmente, em posições semelhantes. E digo que , sob esse prisma, compreende-se, então, tais posturas. Equivocadas, no entanto, estão dentro da concepção estritamente materialista que caracteriza nossa humanidade. Cada vez mais mostra-se fundamental, no caldeirão de debates que se forma sobre aspectos da vida a difusão do pensamento espirita. Colocá-lo ao alcance de todas as mentes é fundamental para que se entenda nossa posição. Vê-se como espirito em estágio de evolução, em resgate do passado problemático e demonstrar essa interligação, é acrescentar novos elementos para a análise dessas pessoas no tocante à definição do instante da morte. No último sopro de vida na carne a alma pode furta-se à anos de dor, na dimensão dos espiritos e nas próximas experiencias reencarnatórias. Aquele momento de coma ou de estado vegetativo pode ser fundamental à evolução da alma. Mas a humanidade não sabe ou não aprofundou-se nessa questão. A superficialidade da fé que cultivamos sucumbe ante o acicate da dor. Falta o entendimento para que se gere a resignação operosa, fruto da compreensão. A campanha pela vida deve continuar por todos nós, que trazemos o compromisso com as grandes verdades da imortalidade. Nesse instante de tanta efervescência de debates pelo qual passa a civilização, a firmeza e a logicidade do pensamento espirita deve resplandecer, de maneira segura, em nosso raciocínio, com generosidade e respeito, em nossa intervenção junto as idéias no mundo.

Um comentário:

  1. Olá, Frederico!
    Vamos às reflexões...
    A eutanásia é um assunto polêmico...
    Considerada homicídio aqui no Brasil, já que não há tipo penal próprio para este crime em nosso ordenamento jurídico, ou seja, não existe o crime eutanásia, especificamente, e sim homicídio, neste caso, tido por privilegiado. Penso que a justificativa de por fim ao sofrimento tanto do enfermo em fase terminal quanto da família, não é válida, nem sob a alegação do princípio da dignidade humana, pois este visa resguardar a vida antes das condições; tendo em vista a vida humana ser o bem maior, fundamental, tutelado constitucionalmente, não se podendo admitir o direito de matar, nem que por intenções piedosas. Vai ser chocante o que agora escrevo, mas... Infelizmente, não há como saber se a família sofre por si mesma (por achar que o enfermo é um fardo), ou sente compaixão pela dor do doente terminal. Não há como prever o real interesse na morte do enfermo, e mais quando este possui muitos bens materiais em jogo. O outro ponto é que, o ser humano tende, na maioria dos casos, a se esquivar da dor, em situações que impõem muito sofrimento, sejam estes físicos ou psíquicos, o sentimento é de querer por um fim a essas sensações dolorosas, e, consequentemente, optar pela morte, que seria o meio mais cômodo. Em meio a tanto sofrimento é raro se tomar decisões racionais, normalmente estas serão motivadas por impulsos. A vedação à eutanásia busca resguardar o patrimônio do paciente terminal, sendo o maior deles: a vida; haja vista que ninguém pode dispor da própria vida (preceito constitucional), nem muito menos atentar contra a vida de outrem, direta (homicídio) ou indiretamente (ex.: omissão; induzimento, instigação ou auxílio a suicídio). Não sou a favor da eutanásia. Sou a favor da preservação da vida; e que devemos protegê-la até o espontâneo suspiro final (digo espontâneo, me referindo a sem induzimentos). Apesar de a minha exposição ter sido à luz do Direito, acredito imensamente que haja sim, algo maior que precisamos perceber em torno desta problemática: que existem situações que o espírito necessita passar em vida, bem como a família que o acompanha (às vezes até mais a família), com propósitos superiores. O amor muitas vezes surge na dor; antes não precisássemos sofre para amar... o ideal seria que, simplesmente, o amor fosse intrínseco aos nossos espíritos. Contudo, temos que aprender a amar no transcorrer do nosso processo evolutivo. “Dever de casa” bem difícil... (risos).
    Muita luz a ti e a todos!

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