Sinceramente, aguardo ansioso que os nossos governantes, com tão grave missão que é administrar a coisa pública e a coletividade, sejam eles de qualquer nuance, atentem para as ações efetivas que tragam benefício consistente à sociedade. Décadas atrás, Israel conseguiu transformar boa parte do deserto em algo viável, gerando riqueza para a nação. Irrigou e implementou políticas de apoio ao desenvolvimento da região árida. Israel é hoje um país desenvolvido, com uma democracia consolidada e instituições que funcionam. A sociedade construiu aquela realidade. Quanto mais avança-se politicamente mais desaparece o espaço para que uma mente carismática, messiânica creia poder resolver os problemas complexos de uma nação com canetadas apenas. É assim em toda a parte do mundo, em todos os continentes. A Austrália, tambem hoje uma nação própera e desenvolvida, país continental como o nosso e com grande parte de suas terras desérticas, não só passou a conviver bem com o fato como encontrou soluções para os graves períodos de seca. Por que não fomentar encontros com estes dois países a fim de se estudar nossas dificuldades com a região árida brasileira e viabilazar soluções, algumas delas já de nosso conhecimento ? Vejam a decantada transposição do rio São Francisco, parada e cheia de prejuízos financeiros ao erário público e que vai se gastar bem mais para retomar as obras.
O problema é que, alem da seca permanecer secularmente fazendo os mesmos estragos, outros fatores contribuem para o drama de nossos irmãos localizados na região mais afetada pelas estiagens, o nordeste. Segundo os meios de divulgação apresentaram semana passada, em muitos casos, a água não seria a grande vilâ causadora da morte das cabeças de gado, sobretudo, entre os pequenos criadores, mas sim a ausencia do alimento. Explico: algumas propriedades até possuíam alguma água, no entanto, em volta a estiagem fez desaparecer o mato e a alimentação do gado. O milho no estoque do governo , que deveria ser um amparo para os tempos de estiagem, fora vendido em um determinado momento e não houve reposição pois os agentes governamentais prosseguiram vendendo o milho que serviria como "colchão " de segurança em tempos como estes, de longa ausencia de chuva. E o pior é que por burocracia exagerada, quando se resolveu comprar milho lá fora, já foi tarde, quando cerca de seis milhões de cabeças de gado morreram, não só de sede mas, como vimos, tambem de fome.
Burocracia significa lerdeza. Mas lemos e escutamos nos noticiários, que será criado o trigéssimo nono ministério, isso mesmo, trigéssimo nono ministério para acomodar mais um partido a fim de ampliar a já ampla base de apoio ao governo federal. Hoje, esse excesso de ministério já custa à nação mais de 212 BILHÕES de reais. Mais um, amplia-se, óbvio, essa sangria. Enquanto isso, o Brasil permanece sem gerar mais riqueza porque não investimos nem 18% dos recursos em infra estrutura, quando os cálculos dos especialistas seria de que o governo teria que investir algo em torno de 25%, no mínimo, para atender aos requisitos capazes de fomentar o desenvolvimento do país. Mais de 50% dos lares brasileiros não tem saneamento básico e sabemos que se esse problema fosse resolvido, não se precisaria gastar tanto em saúde pois a falta de saneamento contribui com enorme parcela das enfermidades que fazem do brasileiro um dos povos que mais adoecem no mundo. E não recebe um tratamento adequado da saúde pública. Com tantos ministérios, sobra pouco para investir, me parece.
Com um mais de um ano, se antecipou a campanha eleitoral. O nosso político pensa sempre nas próximas eleições e não nas próximas gerações. Se está no governo, vive pensando na reeleição. Se é oposição, tambem. Enquanto isso, segundo a avaliação do "Educação Para Todos", nossa educação piorou. Os alunos do ensino médio brasileiro conseguiram ficar piores no aprendizado este ano do que o foi ano passado ( o que era ruim, ficou pior). As provas de matemática e portugues foram desastrosas. De cada dez alunos brasileiros testados , só um conseguiu responder o mínimo correto em matemática e português. Àqueles que se dedicam à missão da política, vão aprender dolorosamente a responsabilidade que carregam. Lamentável. E temos que orar muito por todos eles. O pior é que essa falta de consciencia atinge a coletividade. Daí, o compremitimento de suas vidas e atitudes pois mexem com a sociedade.
Esperemos que a burocracia e a ineficiencia sejam superadas nos próximos governos. Seja com a reeleição da atual presidente ou com a entrada de outro governante, que se enxugue a máquina pública e que se tenha um projeto de sociedade, de civilização e não um projeto deste ou daquele partido, colocado no poder pela esperança de um povo.
Querido Amigo,
ResponderExcluirÉ lamentável, a burocracia é um obstáculo quando a ação é pelo social, é pelo crescimento e independência política (O atual Governo Federal, quer eternizar o cabresto) da população. A liberação de R$ para edificar as Arenas, foi de modo tão célere que ficamos sinceramente desconfiados com a verdadeira intenção dos Governos. E o povo, e a população que imediatamente correu ao site da FIFA e numa só vassourada quase que esgotou todos os ingressos? Que pensar desse mesmo povo que levianamente se coloca numa posição de neutralidade em relação aos problemas sociais do vizinho e corre velozmente em direção a realização de seus supérfluos desejos de consumo e bem estar. Desanimar jamais, cair nunca, desistir nem pensar, mas refletir e ponderar são ações que estou desenvolvendo minuto a minuto e percebo que em breve deverei partir para o segundo a segundo. Essa análise localizada, regional, pode rebater a nível global mesmo, os desejos e necessidades de muitas outras populações que fazem da satisfação pessoal o único motivo de suas existências, nada condenável, mas é primordial, vital, pensar e viver o coletivo.
Que os próximos Governantes também tragam em seus modelos de gestão pública o caráter e as idéias de Francisco de Assis, afinal a esperança voltou a contagiar o velho e nem tão velho, Mundo.
Forte Abraço
Gustavo Cajueiro