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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

GOVERNO DOS BONS

A humanidade vem realizando, concernente ao problema da boa governança, ensaios que servem para ir testando as condições da civilização em seus estágios espirituais. Verdadeiros laboratórios da experiencia coletiva. Desde formas bárbaras e incompatíveis com o respeito aos seres e sua liberdade, até as formas mais condizentes com algo que poderíamos considerar mais aprimorado. Ditaduras, autocracias, plutocracias, teocracias, em formas republicanas ou monárquicas, enfim, buscas e situações que falam das etapas concretizadas pela humanidade do nosso planeta.

Leon Tolstói, o grande escritor russo, autor de Anna Karênina e o grande clássico Guerra e Paz, foi um inquieto buscador de um mais avançado regime de experiencia política e social na Terra. Questionando a injustiça que identificava não só na sociedade russa bem como em outros países europeus no final do século 19, radicalizou sua ânsia de uma estrutura político social onde se vivenciasse igualdade  de oportunidades e tratamentos para todos o cidadãos. Fascinado pelo evangelho de Jesus, acreditava ser a Boa Nova o roteiro e a fonte onde os homens poderiam beber da água lustral capaz de produzir a sociedade perfeita. Desencantado dos moldes tradicionais onde pontificavam privilegiados e a marginalização do povo simples, aremessou-se contra as formas de estado e das influências das religiões, já que, embora amante dos ensinamentos do Mestre, via nas prédicas e práticas dos sacerdotes distorções graves destes ensinamentos . Aspirava algo mais elevado e nobre na condução das massas.


A democracia, conquanto suas imperfeições naturais, próprias dos homens que a idealizaram, me parece o modelo mais ajustado no estágio em que nos situamos. Sabemos, no entanto, que ela será uma etapa e que tem trazido resultados bons em suas experiências, sobretudo naquelas consideradas democracias maduras. Gostaria, no entanto, de abordar outro momento que atingiremos no aperfeiçoamento gradual de nossas conquistas coletivas. Adiante, teremos o GOVERNO DOS BONS. O que seria isso ? Mais uma utopia, podem afirmar os céticos contumazes. Será crível algo dessa natureza?



Essa já é uma realidade vivenciada pelas cidades da dimensão espiritual e outros mundos mais avançados do universo. O governo não é exercido escolhido pelo povo, conforme temos na democracia atual. A escolha se dá pelos valores, pelas luzes, pela maior cota de qualidades morais e tirocínio iluminado dos espíritos, em estâncias superiores da governança universal. É o que Allan Kardec antecipou falando, no livro "Obras Póstumas", a Aristocracia intelecto - moral. Não aristocracia no sentido pejorativo de privilegiados, poderosos, que tudo tem e podem, não. É no sentido de os melhores pela suas condições de conquistas evolutivas, com grande talento administrativo e alta dose de generosidade, compaixão, amor pela coletividade. Nem as eleições onde o dinheiro compra apoios e regalias e nem a escolha das massas que, face suas limitações morais e espirituais, podem, sim escolher por várias razões e não pelo amadurecimento de raciocínio e pela lucidez de visão, candidatos inadequados.. É um outro estágio.


Os problemas que vivenciamos hoje deixarão de existir: corrupção, desonestidade, engodo, descaso e outros elementos nocivos a paz social. Por outro lado, não mais interesses mesquinhos por parte de qualquer classe social e nem direitos sem a contrapartida dos deveres. Uma sociedade mais consentânea com as Leis de Deus. E consequentemente, mais feliz. Naturalmente que a carreira política que se assiste  hoje deixará de existir. Muitos que galgaram os degraus do comando de nações e povos não teriam a mínima chance nessa nova realidade, que virá.


Essa aristocracia intelecto moral, ou o que chamo de humanismo espiritual, será nossa próxima etapa, creio. Isto não quer dizer que será para logo ou tão breve. Lamentavelmente, não o será. Mas será. É preciso que o fermento cresça. Necessário que a alma humana amadureça. Imprescindível continuar os experimentos para que a humanidade desenvolva mais qualidade espiritual a fim de alcançar tal momento. Até lá, ainda teremos que conviver com idas e vindas, acertos e desacertos, mentiras e manipulações, interesses muitas vezes escusos e, até, nefastos. Em nome do bem para o povo o mal será infligido e haverá, claro, tambem, acertos como os há. 


Paulatinamente, amigos, as leis da sociedade humana se aproximarão das de Deus, como verificamos ocorrer ao longo dos milênios da nossa história. Tolstói estará, então, realizado assim como, claro, todos os habitantes desse magnífico planeta. Felizes, graças ao governo dos bons.

2 comentários:

  1. Começa-se com uns poucos acreditando que é possível. Um desses (ainda poucos) começa a tornar o que real o que parecia utopia. Outros vêem e começam a acreditar e alguns a tentam fazer também. Até que um dia todos teremos de acreditar, mesmo os mais incrédulos e pessimistas: será fato corriqueiro, público, notório e inegável.

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  2. OBRIGADO PELOS ENSINAMENTOS NOS DEIXADO, QUE COM CERTEZA AJUDARÁ E AJUDOU A MUITOS QUE AINDA SE ENCONTRAVAM NA PROBLEMÁTICA DA DEPRESSÃO, E É NESTES EVENTOS DE HARMONIA E COMPLETA PAZ QUE ALAVANCAMOS OS NOSSOS CONHECIMENTOS INTERNOS, VOCÊ DEIXOU SAUDADES.

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