RETORNO AO GRANDE LAR

Sexta feira passada fui visitar um amigo querido, grande trabalhador de nossa causa. Assim que dobramos a esquina da rua, lá estava o carro do Samu, a ambulância de apoio. De imediato, senti que havíamos chegado em um momento delicado pois, embora não soubesse onde era sua residencia ( era a primeira vez que ali estávamos, acompanhado de dois amigos que me levaram para ve-lo ), logo me inteirei do momento. Os paramédicos tentavam reanimá-lo. Assistimos tudo durante cerca de vinte minutos. Deus me deu o consolo de assistir a partida de Antonio Lima, cerca de setenta anos bem vividos.

Durante aqueles minutos de emoção, passeou na minha tela mental as expressões de imenso carinho que ele tinha para comigo. Parecia um pai, sorriso afetuoso e sempre estimulando-me a jornada. Fazia questão de dizer de seu amor. Veio-me suave emoção. Olhava para o corpo já inerme e recordei a alma maravilhosa que havia utilizado aqueles implementos de carne. Recordei seu sorriso largo e amigo, seu abraço apertado, seu amor. Escrevo, agora, com os olhos molhado de lembranças mágicas.

Muitos do movimento espirita aqui de Pernambuco o conhecem e sabem do tarefeiro que foi e é. Serrinha, pequena e carente cidade localizada nas proximidades de Itambé, zona da mata norte do Estado, conhece sua abnegação pelo bem. Há muitos anos que realizava um trabalho social naquela localidade, auxiliando famílias carentes e fundando um núcleo de divulgação do espiritismo. Tive a oportunidade de proferir palestra ali, numa de suas caravanas de luz em Serrinha.

Nesse retorno ao Grande Lar, que nosso amado Antonio Lima seja sempre mais amparado pelos serviços prestados aos mais necessitados. Com certeza, fez jus a todo o amparo que recebe desde sua desencarnação. Obrigado, amigo Antonio, por tudo o que fez pelo próximo e, particularmente por mim. Deu-me sempre sua imensa ternura e isso é tesouro impagável. Ore por nós que aqui ficamos, amigo. Sei que muito em breve estará à postos, continuando nos serviços do Senhor.