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quinta-feira, 22 de julho de 2010

POR QUE SÓ DEPOIS?

É interessante verificar a explosão de solidariedade que movimenta a humanidade após uma catástrofe de vastas proporções, como a ocorrida no Haiti ou no Tsunami, lá na Ásia distante. Esses momentos põe em evidencia o patrimônio maravilhoso que nossa humanidade já amealhou em sua trajetória. Sinal de progresso efetuado. Em cima dessa constatação, porem, me veio uma reflexao concernente às experiencia individuais e, claro, tambem, coletivas: Por que esperarmos para agir após a dor?

Por que esperar a perda de um ente querido para se indagar do afeto com que poderíamos te-lo envolvido?

Por que ver o lar dilacerado para entende-lo como abrigo acolhedor ante os desafios da vida?

Por que aguardar a familia desfeita para sentir a dor de ver o desespero dos filhos perante sua segurança destroçada?

Por que enxergar o sepultamento de um vizinho e se indagar a razão de quase nunca termos dado à ele poucos minutos de nosso tempo para uma prosa de carinho, um tantinho de atenção?

Por que esperar o triste momento de descobrir o filho envolvido nas drogas para entender que poderiamos ter-lhe dado mais um pouco de atenção e de estrutura moral, a fim de que não precisasse tanto das fugas pelas drogas?

O amor vivido possui o condão de antecipar-se aos sofrimentos. Se ele é capaz de agir quando a penúria se apresenta tambem é capaz de evitá-la. Se o amor cura, tambem previne.. Quando amamos, não esperamos apenas que a amargura apareça para agirmos, expressando nossa generosidade; tudo fazemos para que ela, a amargura, não apareça.

É certo que a tristeza irá aparecer, e aí, devemos estar à postos para aliviá-la na face amiga, no entanto, se pudermos estimular alegria no outro, não precisamos apenas fazer quando o estrago já está acontecendo.

Não estou dizendo que nosso objetivo é impedir que os outros tenham suas provações e as experiencias que carecem. Não é isto. Quero apenas mostrar que, muitas vezes, somos pegos de surpresa em situações que poderiam não ter surgido se, com o olhar atento do amor, houvéssemos agido primeiro. É como os governos que gastam um dinheiro enorme para atender as vítimas de deslizamentos ou enchentes porque não investiram um montante bem menor na prevenção dessas tragédias.

Resumindo, usando uma expressão futebolística bem ao gosto do povo brasileiro: O Amor, como bom zagueiro, muitas vezes se antecipa àquele que lhe ataca. Por que deixar para depois?

2 comentários:

  1. Concordo plenamente e adicionaria uma questão;
    SERÁ QUE SE A MISÉRIA FÍSICA É A NOSSA ÚNICA MOTIVAÇÃO,PRA JUDAR AO PRÓXIMO?

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  2. A nossa ajuda deve ser sempre antecipada ,pra isso devemos mais e mais lapidarmos nossa intuição

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