Um amigo conversava comigo sobre dramas do coração. E eu recordava as tantas vezes em que me defrontei com verdadeiras tragédias do coração. Dramas de terríveis repercussões, com vidas destroçadas, perpassaram meu coração e recordei os ensinamentos dos Mestres da Espiritualidade sobre tema tão sensível à ralidade de bilhões de seres humanos.
O Amor é a seiva, a força motriz do Universo, o moto contínuo da existencia. Todos os elementos existentes tem sua emulação, sua razão de ser graças ao amor. E aquele sentimento que deveria ser a causa de extase e contentamento, de sensação de liberdade e confiança, quase sempre apresenta- se na direção oposta. A responsabilidade disso é a nossa imaturidade afetiva, nossa visão distorcida da vida e dos próprios sentimentos. Por desejar nos afirmar na vida, aprisionamos pessoas em nossas masmorras de auto- afirmação, na tentativa de vencer as própria fragilidades e superar a auto-estima em baixa. Sufocamos e somos sufocados. E quando as relações se rompem, o desespero, que é o reflexo dos temores e da insegurança existencial, toma conta, estiolando vidas.
A auto- destruição ou a insana atitude de atingir o outro para vingar-se intoxica as pessoas e demonstra o quanto estamos ainda distantes de uma evolução espiritual considerável. A medida que o espirito evolui, seus sentimentos são libertadores e suas emoções edificam cada vez mais. Desaparece, paulatinamente, a dependencia afetiva e as correntes que nos atam àqueles que deveria ser amados e respeitados começam a serem rompidas e um ar pleno e jubiloso passa a inocular-se em nossos pulmões, gerando entusiasmo e esperança.
A mensagem do evangelho é profunda nesse sentido. O amor, em qualquer de suas vertentes, deve ser instrumento de vôo, de sensação de plenitude. A espiritualização significa a remodelação dessa visão de posse e dependencia. Surge a compreensão de que muitas dimensões existem no campo do sentimento e precisamos repensá-los, alem de reordenar valores.
Muitos quadros de depressão e infelicidade poderiam ser evitados com esse reposicionamento de nossas emoções. Miutos dissabores seriam evitados se alterássemos a direção desses sentimentos, ampliando a concepção de vida. Dar substancial valor à cada experiencia, aprofundando-lhes o significado, é afastar-se desses espinhos e dessas amarguras que esfacelam corações.
Até que essa nova configuração ocorra, posso dizer aos que me leem e estão passando por algo parecido - uma relação amorosa que se rompeu, uma saudade intensa de quem estávamos vinculados e acostumados - que essa dor será superada. Passará. A alma poderá sangrar porem, será vencedora. Servirá, esse desencanto, como rico instrumento de crescimento. Não estamos aqui para sermos destruídos pelos sentimentos, muito menos pelo amor e sim, para edificá-lo e construí-lo, íntegro, no templo da alma... Não estamos no universo para desarmonizar a Lei pela infantilidade do coração.
Quero encerrar dizendo aos que encontram-se machucados e feridos pela não realização dos seus sonhos de afeto: ele ainda pode não ter se realizado, mas será. Provavelmente, não era a hora. Quem sabe não macularíamos o grande momento se fosse nesse período o grande encontro com essa etapa, desperdiçando a grandiosidade do instante. Aprendamos com a lição e continuemos a sonhar. O sonho, amigos, é a ante-sala das realizações, é o pressentir, à distância, a chegada da realidade, vestida dos etéreos traços da doce expectativa. Esperemos, com a certeza brilhando nos olhos.
LINDO !
ResponderExcluirAh! O amor! Faço minhas,suas palavras Fred! E quando alcançarmos um dia a capacidade plena de AMAR, todos os sentimentos espinhosos desaparecerão. Busquemos juntos a plenitude e a sublimação do AMOR!!
ResponderExcluirEU TE AMO!
Fred, suas palavras são confortantes... Sinto, sempre que as escuto, que nossas "dificuldades e problemas" são minúsculos grãos de poeira, diante da grandiosidade do amor de Deus por nós...
ResponderExcluirEste artigo lembra-me um conversa antiga que tivemos em um momento especial de minha vida...palavras diferentes, sentimos iguais. Obrigada amigo, pelo ontem, hoje e amanha...
ResponderExcluirBeijo.
Fatima Rabelo