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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

POR QUE O MEU FILHO?

Nada mais dilacerante que escutar o grito desesperado de uma mãe indagando a razão da angustiante prova que vive: a morte de um filho. Se assemelha a um brusco cair da tarde o questionamento que ela faz:" por que o meu filho?"

Extremamente comovente olhar a lágrima resignada de uma mulher ante o túmulo de seu filho. Nesses momentos, louvo a grandeza da doutrina espirita e outras espiritualistas que fornecem o consolo de que carecem esses corações crucificados pela dor da saudade. O Consolador vem cumprindo sua função explicando para as mães e os pais o porque das separações. O conhecimento da imortalidade e da reencarnação abre horizontes vastos de entendimento sobre as motivações para tais provas. O filho que se vai é o coração querido que "apenas" foi à frente, semelhante a alguem que antecede nossa chegada em determinado destino. Sentiremos saudades, porem, estaremos com ele muito em breve.

As causas da desencarnação de um filho, antes dos pais, se relacionam com as vidas anteriores dos personagens envolvidos na situação. Recordo como me comovi lendo as mensagens psicografadas pelo Chico Xavier ou pelo Eurícledes Formiga, de jovens vitimados por acidentes automobilísticos ou de motos, ou ainda assassinados, explicando aos seus queridos pais que o que lhes ocorrera fora o passado sombrio que precisava ser iluminado. Era o passado de outras vidas que os alcançava e, embora a grande saudade que sentiam dos pais, agradeciam à Deus pelo doloroso resgate que lhes evitava a continuidade de sofrimentos no futuro. Afirmavam que se sentiam, agora, livres para novas conquistas da evolução. Pediam, muitas vezes, nas páginas mediúnicas, para os pais pensarem, ainda, que se prosseguissem na Terra, quem sabe não se veriam sujeitos às drogas ou a sofrimentos atrozes e, por hora, insondáveis...

Existem, sim, razões para Deus permitir tal dor às mães. É dor de evolução, preparando realidade muito mais feliz para os corações que se amam. É sublimação de afetos que, embora possamos não compreender no momento, funciona para a felicidade sem adeus no grande amanhã.

Mães! Não há perda de filhos. Eles são espíritos imortais e o próprio amor é a bússola que vos imanta aos seus amados. É o viaduto luminoso que vos mantem na mesma via dos seus filhos, embora estejam eles, por ora, separados de vós pela invisibilidade, o que não quer dizer que estão ausentes! Confiai no Poder Supremo, Bondade inesgotável que se desdobra para legarnos a grande felicidade....!Breve, voltarás a estreitar vossos amados e a lhes envolver em beijos saudosos, entendendo, definitivamente, que a morte não existe. Tudo tem uma razão de ser. Confiai!

Um comentário:

  1. Senti na pele a provação pelo desencarne precoce de um filho aos 17 anos. E agradeço infinitamente a Deus por ter me conduzido à luz através dos ensinamentos da Doutrina Espírita. Com certeza o consolo é imensurável!!! o texto está maravilhoso Frederico!! obrigada por dedicar um tempo para escrever sobre um tema tão difícil para quem vive essa realidade. A confiança em Deus é fundamental. Ele sempre sabe o que é melhor para nós!! grande abraço

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