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terça-feira, 6 de novembro de 2012

CLONAGEM DA ALMA?

Recordo bem quando surgiram os debates sobre clonagem. Assim como o bebe de proveta , causou celeuma e posições bizarras umas, ajustadas outras e o temor da ciencia. O tempo ajusta muita coisa. E se consegue, então, clarear o horizonte sem que se perca o bom senso.

Tanto na questão da fertilização in vitro quanto na clonagem, a reencarnação veio à baila entre os seguidores do pensamento reencarnacionista. Como ficaria, então ? Por ser uma abordagem nova, esses temas provocaram em muita gente uma certa insegurança inicial. Natural, em se tratando de abordagens enfocando questões inusitadas. A reencarnação ficou no mesmo lugar. O entendimento de que os cientistas da Terra recebem estímulo de pesquisa dos cientistas desencarnados oferta a compreensão de que a morte não é o  adentrar-se em todas as respostas do Universo. Não cessa a busca, a perquirição, as indagações, embora a visão se dilate e novos elementos se agreguem, propiciando mais ampla visão. O cientista prossegue cientista, desejando obter respostas e entender a vida. Estudos sobre processos de reencarnação se aprofundam na dimensão espiritual e por saber que o que existe aqui veio de lá, inferimos, naturalmente, que esses novos caminhos representam a chegada do tempo propício para novas portas de acesso do espirito às experiencias na carne, já que surgem mais dificuldades para o retorno à carne desecadeado pelo ser humano invigilante, tais como aborto, infertilidade ( aí brota o problema de existencias passadas ), etc.

E a clonagem ? A preocupação ética com a questão é pertinente e apresenta uma certa maturidade da sociedade para com a sensibilidade moral. Recordemos, no entanto, que a perspectiva para a medicina é fantástica. Normalmente, imaginamos clonagem como uma espécie de réplica de uma pessoa, igualzinha ao original. Não é isso. Órgãos podem ser reproduzidos, suprindo a deficiencia de doações e salvando vidas. É uma novo caminho para o bem estar da civilização.

Se fosse possível clonar o corpo, seria a clonagem do indivíduo, da individualidade, do caráter ? Claro que não. O espirito é distinto do corpo e é único. Ainda que a ciencia da Terra viesse a dominar tal tecnologia ( o que não duvido ocorra no futuro ), isso não implica que se terá uma pessoa em duplicata pois a pessoa não é o corpo. A alma traz suas aquisições de um pretérito longínquo e essas conquistas delineiam o ser. Não será um bolo de carne com forma que constituirá o ser. O espirito inmtelectualiza a matéria, conforme lemos em o Livro dos Espiritos. E isso quer dizer que um "clone" alcançado pela ciencia só vingará se existir um espirito para habitar e intelectualizar a clonagem. E será uma personalidade diferente do molde de onde brotou a réplica, pelo motivo citado acima. Não há dois espiritos iguais.

A natureza já produz seu clone. Os gêmeos de forma semelhante comprovam o que coloquei no parágrafo anterior. São parecidos, quase iguais na forma, no entanto, todos se encantam com a diferença que apresentam de tendencias, gostos,  caráter, perfil psicológico, etc. Óbvio que ocorre de apresentarem certas afinidades de características mas isso se explica por serem almas identificadas com aqueles mesmos gostos, espiritos afins. São, no entanto, seres distintos.

Clonagem da alma, jamais. Reprodução da forma, possível. São novos campos de colaboração da ciencia para com as leis de Deus. Para isso, deu o Criador a inteligencia aos espiritos, para que auxiliem nno desenvolvimento da vida e na transformação dos mundos, colaborando com Ele no grande concerto do Cosmos.

Um comentário:

  1. Amigos,

    O estudo da Doutrina Espírita primeiramente deve ser respaldado com base nas obras de Kardec, somente depois é aconselhável mergulharmos nos mananciais ofertados por outros escritores confiáveis, como por exemplo: As obras de Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Manoel Philomeno de Miranda, Leon Denis, Gabriel Delanne, Hermínio Corrêa de Miranda, dentre outros respeitáveis escritores. Nas obras do Chico destacamos a importância para a coletânea do André Luiz e as orientações de Emmanuel como embasamento doutrinário.

    É bem verdade que ultimamente temos visto uma produção desenfreada de obras literárias espíritas e muitas sem a devida profundidade e coesão, por isso aconselhamos aos leitores iniciar por Kardec e os outros escritores acima citados para que possa formar uma base segura e ter condições de questionar as novas publicações.

    Porém também precisamos manter a mente aberta para refletir, analisar, apurar melhor e aceitarmos as outras novas revelações, assim como, o aprofundamento do conhecimento já revelado. Não podemos ficar estacionado ao princípio do conhecimento revelado, pois a nossa Doutrina é evolucionista por natureza e ainda há muito a se descobrir, a revelar e a conhecer!

    Outro detalhe, não menos importante, que muitas vezes impacta no processo evolucionário do espiritismo é o excesso do Zelo Doutrinário, onde muitos se fecham impossibilitando novas realizações. Destacamos que as novas realizações devem sempre passar pelo crivo da razão do bom senso e a análise para se observar a ressonância com os princípios espiritas, mas sem esse conservadorismo radical tão exacerbado.

    Por fim, destacamos a importância do serviço de amor prestado ao próximo para não congelarmos as nossas mentes no frio do conhecimento sem o calor da fraternidade! O conhecimento é indispensável, mas sem amor é fruto que se estraga no armazém da alma!

    Reflitamos e tenhamos a humildade para respeitarmos opiniões diferentes e dialogarmos com equilíbrio e paz!

    Cléo Fonseca

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