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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

MEU IRMÃO PAULO FERNANDES

Acordei com grande saudade de um coração amigo dos tempos de minha primeira casa espirita, minha escola de cerca de doze anos de atividades, o Núcleo Espirita Ismael Gomes Braga, o amigo Paulo Fernandes. Alma de poeta, mente de filósofo, coração de passarinho. Livre, despreendido das coisas materiais. Viajei, hoje, para o país das lembranças e lá estava Paulo e os momentos de cristianismo nascente que vivemos, ao visitar pessoas enfermas ou tomando o cafezinho quente com broa de nossa mãe Emília, criatura a que já fiz referencia aqui no blog. O largo sorriso do amigo, seus olhos azuis sonhadores e um certo ar de tristeza cativavam quem dele se achegava ( e ainda cativa ).

Fazia pérolas de poemas e músicas que nossa mocidade cantava embevecida. Coração de paixão, tinha algumas dificuldades com a bebida. Me parece que já superou. Um dia desses nos encontramos e ele falou, entusiasmado, que precisávamos nos encontrar, nós dois e mais alguns "mosqueteiros " daqueles tempos inesquecíveis.

Apesar de sempre enfrentar dificuldades financeiras ( não teve muita sorte nas atividades profissionais ), mantinha a confiança e sentia-se feliz como uma criança por coisas muito pequeninas para o comum das pessoas mas que, para ele, eram coisas de enorme valor. É um grande amigo e um extraordinário coração. Deve estar enchendo de risos e poesia muitas almas por aí. Não sei onde ele se encontra agora, só sei que desejo ve-lo, sentir um pouco das coisas lindas do céu no seu abraço um tanto tímido mas cheio de calor e aconchego. Em sua homenagem, tenho sempre encerrado algumas de minhas palestras com uma sua poesia, que tem uma música linda. Acho que voces vão recordar desse poema ( aqueles que já assistiram alguma palestra desse vosso escriba ):

Hoje acordei, feliz a cantar
Uma alegre canção, sem tergiversar
Não vale ser triste, não pares na dor
Sorria, amigo, na paz do |Senhor
Olha os campos, os pássaros, as flores
A noite e os céus, com seus esplendores
A vida é bela, sublime é o amor,
Sorria, amigo, na paz do Senhor

E mais esta:

Caminhei, caminhei, sem saber onde ir
Nestes caminhos, tantas vezes me perdi
E o amor do |Pai, a brilhar se fez em luz,
iluminando nos caminhos,
as pegadas de Jesus....

E por aí vai. Talvez, para alguem de gosto e sentimento mais rebuscado, sofisticado, as letras possam parecer simples demais, no entanto, com sua musicalidade, e dentro do momento em que vivemos o nascer das canções, elas tem uma beleza enorme. Bom, taí. Essa minha homenagem para esse coração de |DEus, que me faz, no dia de hoje, sentir uma emoção especial pelo passado e saudade do futuro, onde, com certeza, estaremos, de novo, bem juntos.

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