A INFELIZ ATITUDE DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

A Associação Médica Espírita do Brasil entregou ao CFM ( Conselho Federal de Medicina ) carta de repúdio à atitude tomada por este quanto a questão do aborto. O Brasil possui cerca de 400 mil médicos e, apesar desse número, o CFM, sem discutir amplamente com a classe médica, apoiou mudança no novo código penal brasileiro, a fim de se permitir a realização do aborto até os três primeiros meses, desde que a mulher assim o deseje. Alem da ausência de transparência e do claro descaso para com a classe que representa, o conselho de medicina agride  o direito |à vida, vida esta que os médicos juram preservar e salvar. O aborto é crime hediondo pois ceifa a vida de alguém, de um ser humano, que não tem como se defender. Como entender a atitude do CFM? baseado em que fatores científicos ele define se a criança pode ou não viver ? será que o Conselho terá a coragem de dizer que o feto de três meses não tem vida ou não é ser humano ?

Ainda que não comungue da crença de um espírito utilizando o corpo, o Conselho sabe que a definição do que é o ser humano, ainda não está perfeitamente efetivada pelos próprios materialistas. Os aparelhos cada vez mais avançados vão dilatando a idéia de vida humana na condição fetal. Cada vez mais a tecnologia vem proporcionando a reflexão sobre o fato de que o feto, em qualquer etapa, é um ser vivo. Nós, espiritualistas, e espíritas em particular, sabemos disso há muito tempo. Aguardamos a certeza atingir uma parte dos nossos esculápios ainda presos em seus dogmas médicos. Sim, há posições dogmáticas na área científica e médica, sobretudo pelo fato de aferrarem-se, de maneira fechada, nas suas concepções descrentes, ainda que a medicina avance e a tecnologia venha, a todo momento, derrubando mitos e ampliando visões sobre a vida.

A carta de repúdio da AME - Brasil é um sopro de esperança de que nosso país não enverede pelo caminho doloroso e retrógrado da mortandade de bebês. Pela maneira com que o Conselho agiu, só aspectos ideológicos de uma minoria - pois não tenho dúvidas de que a grande maioria dos médicos são favoráveis à vida, mesmo que não tenham religião, assim como a grande maioria das mulheres - pode explicar tal comportamento. Oremos para que o bom senso predomine e a vida saia vencedora. Não pode haver paz numa sociedade que apóia a violência de se matar alguém, muito menos, quem não pode se defender