QUALIDADE E QUANTIDADE 2

Quem está acessando só agora o blog sugiro ler a postagem logo abaixo, com o mesmo título, já que esse texto é um desdobramento do outro. E prossigo refletindo a respeito do bom entendimento que devemos ter sobre qualidade e preocupação com a quantidade. Enquanto o proselitismo se caracteriza com imposição de ideias e, de alguma maneira, execração das concepções diferentes da que defendemos, a consciência de propagar os valores espirituais conforme os ensinamentos dos espíritos superiores motiva-nos a expor os conceitos, a visão sobre a vida que encontramos no Espiritismo, entendendo que outros seguimentos recebem a luz da verdade dentro de naturais especificidades, influenciadas, inclusive, por enxertias de natureza humana. Todos, porem, merecem respeito e cumprem sua missão para grande parcela de almas.

Jesus é, também no assunto que tratamos, referencia superior. Pregou nas praças, nas margens do Tiberíades e nas sinagogas. E chegou a dizer: " Não coloqueis a candeia embaixo do alqueire mas acima do velador, para que os homens vejam sua luz," ou seja, as boas obras. Aí está a necessidade de se colocar ao alcance das consciências as grandes verdades dos céus. Ainda mais: enviou os discípulos para que disseminassem os ensinamentos pois eram os chegados os tempos para o mister. Como se vê, temos muito o que refletir.

Nossas ações precisam ser organizadas enquanto instrumento de difusão da qualidade espirita para que alcancemos um maior número de pessoas. Este é o tempo para que todos tenham acesso ao grande ideal, em plena transição planetária. Não se compete com ninguém e nem se deseja retirar quem quer que seja de sua fé. Como citei abaixo, na outra postagem, Kardec indicou o caminho, apontando os que não estão vinculado à qualquer seguimento ou, pelo menos, não satisfeito com sua crença e respostas, como público alvo prioritário. Não é questão de deixar de ser minoria ( o que nem tão cedo deixará de ocorrer ) em termos de quem se define desta ou daquela religião, mas de ampliar a contribuição para a melhoria da sociedade humana. Ser espírita não é pertencer ao movimento espírita ou frequentar centro espírita. É ser tocado pelos princípios espiritas, seus ensinamentos, e buscar a reforma moral, ainda que se permaneça, até, vinculado a outros campos da fé.

As grandes verdades da alma tornam-se, paulatinamente, crença comum. Muitos admiram o espiritismo e o tem como filosofia de vida, conquanto não frequentem a casa espírita. Muitos simpatizam com as idéias espiritistas, adotam a crença na reencarnação, aceitam a intervenção dos espíritos em nossa vidas e a mediunidade mas não se vinculam ao movimento e serviços da instituição espírita. É um público potencial para vir a ser estimulado em cerrar fileiras nas tarefas da causa. Se tornarem-se seres humanos melhores, já é um tesouro, a elevar a civilização em termos de dimensão moral. Espiritismo vai se tornar crença comum exatamente a.ssim.  Estão aí os programas de televisão e revistas de circulação internacional debatendo os fatos espíritas e analisando as pesquisas efetuadas por cientistas, inclusive, nos países onde não se tem centros espíritas. E o nosso querido movimento espírita é ferramenta importante para acelerar e clarear os caminhos nessa direção. Para bem cumprir tal grandiosa missão, mister se estruturar, aperfeiçoar a dinâmica do movimento, acostumar-se a avaliar as ações e, sobretudo ( acima de tudo) viver o ideal, sentir e respirar o exercício do amor, exemplificar a fraternidade de maneira profunda, verdadeira.