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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A GRANDE PILASTRA

Ao longo do tempo toda filosofia ou ideologia que ansiou destruir a presença da família faliu fragorosamente e praticamente desapareceu da face da Terra. Outras se enfraqueceram e aguardam novas oportunidades para investir contra ela, mas em vão. Isso porque a família é uma estrutura fundamental na constituição do processo evolutivo do espírito. É a argamassa que produz a "liga" que une corações e mentes, até mesmo quando a família tem problemas de relacionamento. A família é o cabo de sustentação nas aspirações das almas e no pleno exercício da afetividade.

Doutrinas políticas que colocam o Estado à frente dos cidadãos, fazendo-os estar a serviço deste e não este à serviço dos cidadãos, investiram na ruína familiar, tentando tornar "impessoal as relações e, até mesmo, incentivando a delação entre pais e filhos, entre cônjuges, numa atitude radical para a implementação de seus postulados eminentemente materialistas. Foi o caso do comunismo e de algumas experiências socialistas quando o mundo era dividido entre dois blocos - o capitalista e o socialista - durante a chamada guerra fria. O materialismo dialético apostava na idéia de coletivização da humanidade, despersonalizando o indivíduo.

Claro que a medida que nós evoluímos vamos aprofundando nosso senso de coletividade e o altruísmo passa a reger nossas relações. O egoísmo, esta chaga da humanidade no feliz dizer dos espíritos superiores, tende a desaparecer do mundo, só que isso não implicará em despersonalização da criatura, da sua capacidade criativa e de iniciativa. Nesse bojo, a família exerce salutar e imperiosa influência para os grandes objetivos da evolução espiritual de cada um de nós. As generosas e nobres concepções do socialismo, concepções estas de singular beleza, representa um estágio de mais maturidade do ser, não algo que venha ser imposto por governantes ou estados, muito menos, negando a riqueza da religiosidade humana e a presença de Deus . E nesse quesito, a não valorização da família é um grande equívoco de toda e qualquer doutrina ou filosofia que não atente para a questão.

Estrutura basilar da vida de relação e centro de profundo aprendizado para a alma, quando a família se desestrutura, desorganiza-se o ser junto com ela, tal a importância do núcleo familiar. A violência será mais facilmente vencida no futuro quando as famílias se tornarem cada vez mais equilibradas, constituída de valores elevados e afetividade cada vez mais profunda. O indivíduo que cresce num lar voltado para a edificação moral de seus componentes, desenvolvendo um senso ético de alta magnitude, tende  a se tornar cidadão pacífico e útil à sociedade em que está inserido. Será, sem dúvida, componente voltado não apenas para sua satisfação própria mas, sobretudo, interessado no progresso da sua comunidade.

O contrário já se comprova nos dias atuais. Famílias voltadas para a transitoriedade das coisas materiais e onde não predomina o amor e o respeito entre seus membros produz cidadãos problematizados que, somado às pressões de fatores externos à ele, tais como inépcia dos governos, morosidade da justiça, educação caótica e qualidade de vida indigna, formam o caldo de cultura onde se gesta uma sociedade infeliz e violenta. A ausência da luz espiritual alimenta a ignorância das massas.

Daí vem a importância da família. Ela é decisiva. Nada  a substituirá. O que mudará, com o tempo, é a maneira em que o indivíduo externará seu amor, seus sentimentos, vencendo a idéia egoística sobre a família, ampliando o sentimento de que há uma família maior, a humanidade. Muitas coisas serão depuradas nas relações familiares mas como consequência da depuração espiritual da alma. Ela,  a família, permanecerá como a primeira e grande célula da experiência humana, fundamental para as grandes conquistas que o espírito necessita obter ao longo de sua trajetória. Qualquer corpo de doutrina, qualquer concepção religiosa ou política, que não leve isso em consideração estará fadado ao fracasso. A história comprova isso. E o conhecimento espiritual reafirma essa verdade.


2 comentários:

  1. Realmente o que se fez entender por socialismo/comunismo partindo da imposição do Estado ofuscou o princípio e a essência do ideal, que, como afirma o texto acima, é para determinado estágio do progresso da humanidade!

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