ANÁLISE DE UM LIVRO

Eu fui indagado à respeito de uma obra de Robson Pinheiro que teria sido escrito por um espirito que se infere ser o Cazuza, compositor e cantor brasileiro. A pessoa que me solicitou a opinião - DoMonte - tem algums dúvidas sobre se seria ele mesmo, se o medium teria credibilidade, tem ponderado, procurado usar o senso crítico e até questiona, pelo que nos parece, algumas informações ali postas.

Bom, inicialmente quero dizer que DoMonte está se posicionando corretamente ao ler uma obra espirita. Kardec solicita o uso da razão e do bom senso. Filtrar com racionalidade o que se vê e o que se lê, nesse terreno delicado das abordagens espiritas, sobretudo, as de natureza mediúnica. Muita gente se empolga com informações mediúnicas apenas porque teria vindo dos espiritos. Ora, sabemos que há espiritos e espiritos. Nunca é demais a utilização dos critérios alicerçados na codificação para que nos movimentemos com segurança nesse terreno.

Os próprios espiritos superiores da falange do Espirito Verdade colocou que não se deve confiar cegamente nas informações advindas do mundo invisível pois a sociedade espiritual é formada por almas das mais variadas condições intelecto-morais.

Estou, portanto, descredenciando a obra de Robson Pinheiro? Não, absolutamente não e explico. A recomendação que fiz acima independe de quem seja o médium. Robson, Divaldo, Frederico, qualquer médiun, enfim, deve se submeter a esses critérios de ponderações, preservando a própria doutrina. Conheço pouco o conjunto que faz a obra mediúnica do Robson. O pouco que li, gostei de muita coisa. Outras informações que encontrei, aguardo a passagem do tempo e a mesma informação por médiuns outros, em lugares diferentes, procurando, depois disso, utilizar a razão e o bom senso. Repito que encontrei salutares informações no pouco que eu li dele.

Quanto à obra em pauta (Cazuza), não a conheço. Não li. Não posso, então, fazer qualquer juízo de valor. Seria leviano de minha parte. É possível que procure ler. Se estou abordando abertamente a questão específica - o que, a princípio não gostaria de faze-lo - é para aproveitar o que DoMonte nos trouxe e fazer uma reflexão doutrinária à respeito de como devemos adentrar o universo das informações espirituais, independente dos médiuns utilizados. Há muitos problemas nessa área pois a quantidade de livros publicados é extraordinário e, naturalmente, o que se ganha em quantidade faz aumentar a possibilidade de se perder em qualidade.

Sei que o medium Robson é um dedicado trabalhador da causa em Minas, mantendo uma obra interessante nas Alterosas. O conheci rapidamente, quando amigos em comum me apresentaram o médium. Tive uma boa impressão dele.

Pois bem, DoMonte, prossiga abastecendo-se do conhecimento doutrinário. Um grande caminho é aprofundarmos o estudo das obras de André Luis, o que muito nos auxiliará a sanar quaisquer dúvidas. Se eu tiver a oportunidade de ler o livro citado, poderei lhe fazer um breve comentário. Só não posso garantir, ok?