Entender o reino dos espiritos tem sido um grande desafio para a humanidade ao longo de sua história. As várias religiões, em diversos tempos, ousaram falar à respeito, desde as crenças politeístas da antiguidade até as expressões das diversas escolas da cristandade.
Como a idéia da alma era muito vaga e não se entendia (como muitos ainda hoje não entendem) a vida de um ser humano sem o seu corpo físico, as concepções sobre a vida imortal pecavam pela extrema subjetividade ou, até mesmo, pela absoluta ausencia de idéias à respeito. Na cristandade, desenvolveu-se o quadro do céu e do inferno e a vida nos céus ganhava contornos fugazes ou de vigorosa inaptidão à idéia de Deus, como no caso do inferno, lugar para que a criatura sofra eternidade afora.
Indiscutível que a imaturidade de grande parte da humanidade justifica os temores e a visão puramente "material" da vida após à morte. Tal como a concepção de Deus antropomórfica, o lugar dos espiritos deveria ganhar contornos nas fantasias das várias escolas religiosas.
Em contato com a realidade dos desencarnados e assessorado pela ciencia espírita, nos defrontamos com idéias mais precisas sobre este mundo pós morte. E temos a conjunção de concepções eminentemente materiais até a realidade mais transcendente que se possa conceber.
As múltiplas dimensões dos espíritos não são apenas lugares que vibram em frequencia diferenciada do planeta material. Alem da condição vibratória, essas dimensões, na verdade, se iniciam na condição mental de cada alma. Como cada mente vibra, com seu cortejo de sentimentos, interesses e desejos, delineia-se sua realidade dimensional. Ou seja: somos levados, após a morte, para o universo que corresponde aos nossos valores pessoais. Ao morrer o corpo, a alma gravita para sua realidade interna, que encontra seu correspondente em termos de dimensão. A afinidade de propósitos nos localiza ao lado de outras almas de nível semelhante. A sociedade após a morte é caracterizada por essa identificação de estágio embora mantendo-se a individualidade, com as particularidades de cada ser.
Alem dos interesses correspondentes, existem os fatores que servem como elementos de equilíbrio objetivando a sanidade mental do desencarnado, quais sejam: o reencontro com pessoas queridas e suas respectivas formas conhecidas ( o corpo espiritual, em geral, mantem a imagem da encarnação recente, embora o espirito possa alterar essa forma de acordo com sua vontade) ; construções análogas às da Terra, favorecendo a compreensão do recem desencarnado e contribuindo para amenizar a perturbação inerente ao processo da morte; por fim, sente a pessoa anseios próprios da vida física, embora já se encontre no mundo extra- corpóreo, tais como o fato de poder sentir fome, sede, sono, fadiga, etc, até que , readaptado ao mundo da alma, dispense os fatores característicos da vida física.
Deduzimos, logo, que a construção mental da pessoa é fundamental no desapego imprescindível para o exito do desenlace físico. A educação para a morte tem que ver com o desapego, a consciencia de ser independente do corpo e o cultivo de valores ético-morais mais elevados para que atravessemos dimensões inferiores após a morte com a celeridade dos que se prepararam para a vida mais rarefeita da alma equilibrada. O Espiritismo é um corpo de conhecimento que nos ajuda fantasticamente pois nos faz entender que somos possuidores de uma vestimenta de natureza fluídica mas concreta, real, e que somos detentores de recursos inimagináveis na moldagem do ser mais feliz e pleno que ansiamos. Esta vestimenta chama-se Perispirito.
O que fazemos aqui no mundo compõe o material de construção do nosso lar após a morte. E os alicerces deste lar forjam-se, inicialmente, na nossa casa mental. Pensemos nisso.
Já tinha refletido sobre o que nossas vibrações mentais podem atrair para nossa vida e principalmente para onde ela ira nos levar depois que mudarmos nossa vestimenta fisica através da morte do corpo fisico e agora lendo este texto reforçando essa reflexão cabe a cada um de nós um de nós vivenciarmos e vibrarmos a energia do bem... a energia de Cristo...e sintonizarmos a energia do amor, para que já aqui na Terra possamos viver na Luz! Obrigado pelas suas reflexões tão apropriadas ao nosso entendimento! Beijoka no ♥!
ResponderExcluirSeus textos como sempre muito explicativo e edificado. Luz para todos nós!
ResponderExcluirPrezado Fred,
ResponderExcluirSeria o mesmo que construir nossa casa sobre a rocha, edificar nosso lar numa base solida e firme?
Abraço
Gustavo Cajueiro
Fred Muita paz e luz a você... gostaria de certificar-me de que é serio o trabalho do irmão, pois temos tão boas referencias de outros que já militam na literatura espirita. Gostaria de uma opinião abalizada.
ResponderExcluirAcabei de ler um livro pscografia do Robson
Pinheiro, no qual ele relata fatos do mundo
espiritual e supostamente segundo ele a
narrativa é de Cazuza. sou espirita não dei
muita credibilidade ao livro e seu conteúdo
que possa me convencer do que ele escreveu.
Eu nunca tinha lido suas obras Psicográficas,
não posso salientar que aquilo ali é fruto de
sua imaginação. Porém, o que me causa espanto
é ele relatar no livro que Aleijadinho, elis,
Chacrinha, Dalva de Oliveira e outros
artistas permanecem no mundo espiritual, e
muitos famosos aqui quando encarnados no
plano terra fazem shows nas regiões de
sofrimento. Quando chega a vez de Raul Seixas
o suposto narador que é Cazuza que não se
identifica Tb chama Raul de "a dez mil anos
atrás". Se deu nome aos demais porque então
não se identificou? Tenho uma visão muito
emírica das coisas gosto de buscar a razão e
veracidade quando possivel quando não há não
me convenço.