Ontem, antes de dormir, pude assistir, no canal do movimento Canção Nova, da igreja católica, uma palestra do padre Fábio de Melo. Muito interessante. Alem do carisma do sacerdote, o conteúdo consistente e abrangente apresentado por ele sobre a misericórdia de Deus foi comovente. Depoimento emocionante do Fábio com colocações precisas. Foi tão interessante que, embora cansado e já com o adiantado da hora, fui até o final da abordagem. Auditório lotadíssimo, com muitos jovens, o que me emocionou.
O palestrante fez uma abordagem de grande reflexão sobre a bondade divina e de como, se nos dizemos cristãos, deveríamos imitar o gesto da compaixão, de misericórdia para com os que tombam, os que caem na estrada. Enfatizou sua própria experiencia de como precisou da misericórdia de seu orientador espiritual, o padre Léo, ante suas quedas morais e insegurança íntima. Quando somos misericordiosos, nos afastamos da arrogância, irmã dileta da presunção. Quem não já tombou em atitudes equivocadas ? E o bom foi que ele tambem enfatizou a necessidade de estarmos atentos, à despeito do apoio alheio, para não nos acomodarmos na queda.
Creio que em todo o movimento religioso precisamos estar atento para não nos arvorarmos em juízes da vida moral dos outros. Como citei acima, a arrogância intelectual e a presunção moral são sinais de profunda ilusão espiritual, preparando terreno para intensas dores e decepções mais adiante.
Não podemos conceber a vivencia cristã com condenações e acusações sobre o próximo. Podemos e devemos avaliar a ação do mal para coibí-lo na sociedade porem, no tocante à vida moral e quedas do semelhante, precisamos estar atento para fazer ao próximo o que gostaríamos que ele nos fizesse. Assertiva clara e direta do Evangelho. A palestra do padre merece ser divulgada para todos nós, os que amamos e ansiamos servir ao Senhor, em qualquer escola de trabalho do cristianismo, assim como, de outros seguimentos religiosos.
Pe Fabio é muito sábio em muitas colocações, admiro-o pela sinceridade com que propaga a beleza do Evangelho. Só não entendi, com a devida exatidão, uma exortação dele a respeito de Chico Xavier, conclamando que o respeitava como homem, respeitava o homem Chico Xavier pelas atitudes de caridade...
ResponderExcluirMas, me pergunto: o religioso não deve estar em comunhão com o homem cotidiano, o homem social? Talvez esse seja o maior equívoco dos religiosos(não da religião), crer que o religioso não possui muita relação com o vulgar (cotidiano)...
Se continuarmos nessa perspectiva de separatividade entre a religiosidade e o nosso dia-a-dia, achando que nada tem haver uma coisa com a outra, estaremos cometendo um equivoco, indo de encontro com aquilo que nós mesmos propagamos.