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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PERDOAR OS AMIGOS

Estamos acostumados a ver enfatizada a necessidade que temos de perdoar os inimigos ao ponto de os amar. Gostaria, no entanto, de enfatizar um detalhe importantíssimo em nossa iniciação ao perdão: ofertá-lo aos amigos. Pode parecer esquisita essa nossa proposta pois pode-se imaginar que se se faz referencia à necessidade de perdoar os inimigos o que dirá os amigos?...Exatamente por isso que faço essa abordagem. Não podemos esquecer dos amigos. E faço este lembrete pelo fato de lembrar um detalhe fundamental para a questão: os amigos são aqueles com quem temos uma experiencia direta e mais íntima. Quantas vezes esses se apresentam como os mais difíceis de compreender e relevar suas atitudes que nos incomodam?!

Pode parecer estranho mas creio que todos sabemos como se apresenta lidar mais facilmente com quem chega e passa do que com quem fica ao nosso lado, com o desgaste que advem do convívio. E os amigos precisam de nossa compreensão tanto quanto necessitamos da compreensão de cada um deles para com nossas ações que lhe desagradam. Vejam que não estou usando a expressão "erro" e sim ação que nos desagrada até porque muitas coisas que nos ferem são, simplesmente, as atitudes inerentes à personalidade do outro, em seu direito de ser como é, e que temos dificuldade de aceitá-las. Nem sempre, assim, são erros dos amigos o que nos fere ou desagrada.

A amizade é de um valor tão monumental que melhor se expressa através do perdão e da aceitação do outro como ele é. Amar o ser de acordo como ele se apresenta é o exercício da amizade. E se devemos agir dessa maneira para com estranhos, com que dedicação não devemos faze-lo para com os amigos ?

O convívio salutar passa pela aceitação, respeito, indulgência. Se utilizarmos estes elementos em nossos relacionamentos nem precisaremos perdoar pois não nos sentiremos afetados pela forma de ser ou pelos erros porventura cometidos por eles. A compaixão estará sendo exercitada bem como a humildade. Perceberemos, então, a grandeza de ser feliz por amá-los, a eles, os amigos que Deus nos permitiu na estrada, tesouro que devemos valorizar como dos mais belos do universo.

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