Rezam todas as tradições das iniciações espirituais que somos a pedra a ser lapidada pelo divino escultor. Chamemo-lo Deus, Alá, Grande Arquiteto do Universo, Força Suprema ou qualquer outra denominação, esse conceito representa a lei do progresso, caracterizada na definição espírita de que somos criados simples e ignorantes, porem, perfectíveis. Esta possibilidade de perfeição encontra-se expressa pela palingenesia, ou as várias vidas que experimentamos na realidade física. No contato com as imperfeições da matéria e com as arestas oriundas dos atritos com outras individualidades, atravessamos a fornalha do burilamento, com consequente desenvolvimento de nossos recursos anímicos. O cinzel divino apresenta-se na intimidade dos desafios e lições da jornada.
Outra imagem frequentemente utilizada nos meios espiritualistas e que consideramos oportuna é a do oleiro (Deus) e a cerâmica ( nós ). Se levarmos em consideração essas alegorias, poderemos não só compreender melhor as necessidades das lutas e dificuldades como estaremos mais abertos à solidariedade, ao envolvimento para com o próximo, mostrando sincero interesse por suas dificuldades e tornando-nos pessoas mais acolhedoras.
Estamos em lapidação. Em breve, surgirá uma verdadeira obra de arte. Da pedra bruta brotara´um anjo. O pesado se fará leve. A sombra não suportará a luz. É a construção da plenitude. O obreiro tornar-se-á venerável. Refletiremos, então, o Divino Escultor, com a pujança de sua arte, o esplendor de Sua Luz e a grandeza de seu amor.
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