Saiu o resultado do IDEB 2011 - o Indice de desenvolvimento do ensino básico, divulgado pelo MEC. O resultado foi, lamentavelmente trágico. Mesmo com o governo estabelecendo como meta o valor a ser atingido pelos alunos nos diversos estados, irrisório - numa escala de 0 à 10, o governo estabeleceu 3, 7 - quase 40 % dos Estados não alcançaram essa pobre marca e os que atingiram ficaram na borda, quase caindo. Para termos uma idéia, dos mais de 5 mil municípios do país, só um pouco mais de 600 alcançaram a tão propalada meta. O ensino fundamental teve um desempenho pífio e o ensino médio piorou em relação aos dados do ano anterior.
Quando se compara o ensino público nesse mesmo IDEB com as escolas particulares ( que já não são lá tão boas), verifica-se a disparidade entre as duas realidades. Compreende-se, ainda, porque foi constatado que cerca de 38% dos alunos universitários apresentam analfabetismo funcional, tendo enorme dificuldade de escrever e entender o que lê. A base é a responsável. Sem base, os anos vindouros ficam prejudicados e a universidade não corrige isto e nem é sua função.
Se o Brasil não avaliar com profundidade a questão e nossos governantes não deixarem de pirotecnia e colocarem em prática um plano de governo sério na educação, não alcançaremos nem tão cedo o almejado desenvolvimento social. E com o atual objetivo de se criar cotas do ensino público como acesso à universidade, transfere-se para o terceiro grau, o ensino superior, o problema, contaminando , tambem, com a baixíssima qualidade, os centros do pensar, do fazer, os núcleos universitários. Tudo será puxado para baixo. Cuidar da base, melhorá-la, é fundamental, estrutural, para termos uma sociedade emancipada, evoluída e efetivamente desenvolvida.
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