ILUSÃO

Sidarta Gautama já fizera referencia à ilusão como sendo uma das produtoras do sofrimento e da infelicidade do ser humano. Jesus, com outras palavras, enfatizou a tomada de consciencia sobre nossa natureza divina, fugindo da ilusão da matéria, como seguro em favor da construção da felicidade, proporcionando a conquista do reino dos céus. A ilusão dos sentidos desencadeia o quadro hipnótico que nos faz "dormir" de olhos abertos. Pensamos estar despertos e estamos adormecidos para a realidade de nós mesmos e da vida.

Quando enrrigessemos a mente nos padrões da matéria, acostumamo-la a raciocinar pura e simplesmente como tal. Dessa forma, desconectamo-nos do que somos e permanecemos quais zumbis, ansiando ser feliz mas buscando isto no que se amontoa materialmente ou na posse egoística que nos escraviza a pessoas ou às coisas que pensamos possuir.A ilusão nos aliena do próprio potencial de que somos constituídos. A espiritualização seria o despertar dessa letargia, o acordar desse sono hipnótico e a descoberta de que a felicidade já está embutida nos mecanismos da grande lei e na tessitura de cada ser.

Ilusão da beleza física, da juventude do corpo, da riqueza material, da fama, da admiração social...É a pobre experiencia de vida que se assemelha a algo morto. Não por acaso o Mestre Jesus faz a ressalva: "Deixai os mortos enterrarem seus mortos". Mortos na carne, afastados da intensidade da vida espiritual. Prisioneiros da matéria densa, atoleimados na lama que acreditamos ser pedra preciosa. Claro que são estágios, são etapas que atravessamos. E nesse sentido, terminam trazendo valor pela experiencia que será entendida como incapaz de proporcionar a paz e a felicidade.

Lentamente a consciencia vai despertando. Lentamente o amor vai tomando nosso ser e sentimos cada vez mais ansia dele, sede dele. Paulatinamente, enxergamos a luz do existir, o brilho da Suprema Criação, o alimento dos imortais. Um dia,  a ilusão bate em retirada e enxergamos nossa destinação gloriosa, vivendo o espirito que somos.