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segunda-feira, 21 de julho de 2014

A COMOVENTE E DOLOROSA LIÇÃO DA DEPRESSÃO

Será que temos o que aprender com a depressão? A resposta, naturalmente é : sim, temos muito o que aprender. Não pretendo, neste post, fazer qualquer estudo sobre a doença do século ( ou será dos séculos? ), afinal, muitos estudiosos já escreveram à respeito e pesquisadores suficientemente abalizados no âmbito espiritual, já se debruçaram sobre a questão com grande sabedoria. Aqui mesmo em nosso espaço de reflexão já tratamos do assunto abordando uma visão espiritual do problema.

O fito dessa abordagem é tentar um outro olhar sobre a depressão, agora sobre o prisma de que se pode aprender com sua instalação em nossa vida. Nesses anos em que venho conversando com tanta gente - e creio que em 34 anos de contato com o público, foram milhares de pessoas - verifiquei que a ausência de compreensão sobre a finalidade da vida e sobre nossa natureza espiritual estaria numa das bases do fenômeno, dessa verdadeira pandemia emocional que é a depressão. Alem desse fator, e talvez como consequência dele mesmo, o ócio da ausência do trabalho no bem traria uma cota significativa de responsabilidade para que o mal se propague sobre as vidas.

Qual aprendizado podemos extrair da dolorosa condição advinda da enfermidade? Sem dúvida, quanto mais voltados exclusivamente à si mesmos, às suas necessidades imediatas e egocêntricas, mais vulnerável fica o ser humano à angústia e `a depressão. Permanecendo o nosso descuido para com a fraternidade, a solidariedade que devemos uns para com os outros, intensifica-se o problema, afundando mais ainda a criatura na areia movediça das emoções atordoadas. Esse seria o "ócio"característico da indiferença em relação à dor do outro.

Nossa ação em favor do próximo expande nossa energia, dilata as vibrações e nos faz sintonizar com os fundamentos elevados da vida. Essa atitude propicia uma certa percepção de que somos importantes para a existência e que esta tem um sentido, sim. Aprendemos a lidar com as perdas porque passamos a entende-las de maneira diferente e que são transitórias. Muitas vezes, passamos a enxergar que certas perdas não seriam tão importantes quanto habitualmente fazemos crer.

Isso significa que mudamos o olhar sobre o valores da vida. E que podemos aprender a enxergar lições que trarão o rumo da felicidade e da paz mesmo na ameaça da depressão. Sobretudo, podemos até prevenir as estradas sinuosas que levam a enfermidade. Tanto serve para evitar o mal, como para dele sair. Penso que essa é uma das belas funções do trabalho no bem. A alma tem ganhos monumentais quando se volta para ajudar as outras almas. É um abraço com o mais belo significado da vida.


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