A HUMANIDADE NÃO É SÓ ISSO

Para os que gostam, de vez em quando, em refletir sobre a humanidade e o futuro da civilização  na Terra, sempre surge um período em que certo pessimismo parece teimar em causar desânimo. As tragédias naturais, a violência como fruto da insensatez humana, as guerras que referendam esta insensatez, as enfermidades que prosseguem provocando dores e gerando amarguras, as sociedades que continuam flertando com o totalitarismo, enfim, a avassaladora presença das enfermidades emocionais que dilaceram esperanças e moldam corações infelizes, tudo isso projeta uma visão pessimista sobre o amanhã e o sentido da vida. Um sentido que se entenderá, amanhã, como superior.

Aprendemos com a filosofia espiritualista e, particularmente, a filosofia espírita, que a humanidade não é só isto, essa tragédia enclausurada num belo planeta. É muito mais que isso. O otimismo resultante do conhecimento da real natureza humana - sua transcendencia - não origina-se de um simples desejo alienante. É nascido da convicção da imortalidade e da ciencia de uma organização inteligente regendo a vida. As coisas não são aleatórias. E embora o fatalismo não deva ser alimentado em nossa reflexão, há um certo planejamento em todas as expressões da vida.

Explicando melhor a questão: não há fatalismo. Não somos robôs. A liberdade de escolha favorece a conquista do mérito e a responsabilidade do demérito. Não devemos confundir planejamento de um programa de experiencias antes da reencarnação com determinismo absoluto. Cada alma está, na verdade, se construindo. Deus nos concede as ferramentas para tal e o indivíduo se edifica ou degrada, no entanto, ainda que isso ocorra, o sopro da renovação o atingirá ao longo da imortalidade para que ele atinja o esperado: sua perfeição espiritual relativa. Essa é a única fatalidade da criação, se asssim podemos nos expressar: sua perfectibilidade.

A humanidade é rica e detentora de sublime potencial. Não deve e nem pode ter medo de enfrentar os próprios erros. Não deve ter receio de mudanças. Não pode acomodar-se e nem se entregar ao pessimismo. Porisso o conhecimento evita o maior dos agentes do sofrimento e da infelicidade humana: a ignorância. Sem saber de onde veio, o que faz aqui, a razão inteligente das coisas e para onde se dirige, se sentirá joguete de forças cegas e ameaçadoras, sob as quais se sente impotente, minúsculo ser sacudido para todos os lados da vida, "vencido" e tragado por um mar  de inimigos de sua paz e felicidade. Não,não é assim. Não precisa ser assim. Somos mais que isso.

Há um destino glorioso para cada alma e, consequentemente, para toda a humanidade terrestre. Basta começar a estudar as sublimes leis, alem do terrível e improdutivo materialismo.