Nos últimos meses surgiram notícias na mídia de crianças entre 9 e 10 anos grávidas, quase sempre, de seus pdastros. Algo chocante por vários motivos, dentre eles, o fato de crianças que deveriam estar brincando ou sonhando em tornarem- se seus ídolos, sem qualquer maturaidade de seus órgãos ou maturidade emocional, estarem esperando um filho e, pior,filhos daqueles que deveriam estarprotegendo-as de qualquer violencia. Os padastros, que deveriam estar cuidando da educação das enteadas, entregaram- se à animalidade, aos atos do profundo desrespeito à tarefa que lhes cabia. A inocencia tem sido ferida à fundo.
A sociedade não sabe como encarar o fato, ficando desnorteada, respingando a justa indignação em forma de irritação e, até, de violencia. Nesses tumultuados e complexos dias de hoje, como suportar os descalabros dessa natureza sem se abastecer de uma fé robusta, libertadora e sustentada por profunda compreensão dos dias dificeis que vivemos.
Uma jornalista do Jornal do Commercio, aqui de Recife, ligava para mim para saber o que o Espiritismo achava desse fato( a gravidez das crianças e a indicação do aborto por parte dos médicos pelo risco de vida das meninas, face a imaturidade dos seus órgãos). Expliquei- lhe o pensamento da Doutrina, explicando que, em caso de risco de vida para a mãe, vale preservar a vida que já está no mundo, sacrificando a que está para nascer. Esse é o unico caso em que os Espiritos superiores colocam o aborto como sendo permissível. Obviamente, ressaltei o fato da posição dos cientistas e médicos quanto a necessidade da prática abortiva face a ameaça à vida das crianças grávidas.
Não queria apenas ficar no choque emocional e na indignação de acontecimento tão doloroso e traumático, que merece o repúdio de qualquer pessoa de bom senso. Confesso que ultimamente tenho pensado na situação amarga, no pesado débito desse infelizes seres humanos , comprometendo- se tão terrivelmente perante as Leis Soberanas da Vida. Ninguem escapa das próprias criações. Ninguem consegue fugir das próprias sombras. Engana- se ou foge- se das leis humanas mas às Leis Divinas, é impossível.
Quando o conhecimento dos mecanismos soberanos da vida for devidamente difundido e assimilado pela humanidade( ainda estamos longe desse processo mais amplo) creio que fatos tão tristes como esses, violências tão inconcebíveis como das crianças ultrajadas não mais farão parte da experiencia humana, tão bela e rica de oportunidades de grandeza e luz. Apostamos, ainda, nas reencarnações em número cada vez maior, de almas mais enobrecidas, elevadas, no seio da humanidade, que alterarão para melhor a atmosfera moral do planeta.
Olho a criança esperando outra criança, talvez segurando seu brinquedo preferido e não posso conter o pensamento perdido em reflexões, como se eu buscasse pairagens bem distantes. .. .
Eu não sei idar com esse fato e talvez ou com certeza, minha fé não seja robusta.
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