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quinta-feira, 29 de abril de 2010

VAIDADE

Uma das nossas frequentadoras do blog pediu uma abordagem sobre a vaidade. O tema, embora recorrente no meio espírita e religioso como um todo, é sempre quente e suscita debates às vezes acalorados. Afinal, até onde vai o zelo pela própria apresentação, perfeitamente válido, e onde se inicia a vaidade?

A Beleza, o Belo pertence à Deus. O Belo na acepção a que nos referimos não diz respeito apenas à forma mas, tambem, a um conjunto, diversas nuances que geram a sensação de harmonia. As vezes um rosto pode não nos parecer belo mas o todo da pessoa fascina, seja pelos traços da elegância junto à inteligencia e delicadeza de expressões.

Apresentar- se limpo e cuidadoso, por exemplo, é dever social porque, como verificamos nas obras que retratam o mundo espiritual equilibrado, há bom gosto e senso de beleza, através de casas ou localidades muito bem ornamentadas, provocando o senso de estesia um estímulo ao progresso da criatura.

A vaidade,na sua expressão efetivamente negativa, é outra coisa e se caracteriza por uma série de elementos que lhe acompanham. A soberba, a presunção de se sentir mais do que todos, alem da exagerada preocupação com a forma, a aparencia. A vaidade tambem representa facetas do orgulho e afasta o ser de uma das mais belas expressões da virtude: a humildade. A vaidade, ao contrário da elegancia e beleza sem afetação, projeta a pessoa para o mundo da superficialidade, atendo- a às coisas basicamente transitórias. A espiritualidade envolve despreendimento e, naturalmente, valorização do que tem mais profundidade.

Por fim, cuidar-se, sentir-se melhor com a própria imagem, dentro do bom senso, é perfeitamente natural. Viver em função da aparencia, alem de dar-se um valor maior que carrega, exaltando-se e, quase sempre, diminuindo os outros, é atestado da enfermidade moral chamada vaidade. Recomendo à todos nós as páginas do Evangelho Segundo o Espiritismo e algumas questões de O Livro dos Espiritos. Espero que essa breve abordagem possa ter ajudado.

Um comentário:

  1. Achei muito informativa a abordagem do tema, por isso, venho sugerir um que tem algo em comum com a vaidade e outros aspectos da luxúria, que é a sexualidade, visto que é um dos instintos mais primitivos do homem, e se expressa diferentemente no feminino e no masculino; acho pertinente esclarecer sobre como ela deve ser explorada e praticada levando em conta a evolução do ser humano, tanto intimamente como em relação com a sociedade.

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