Você acessou o Blog de Frederico Menezes. Desejamos que seja ele de utilidade aos que lutam para construir um mundo melhor para todos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

NATURAL, A SAUDADE

Uma participante do blog fez uma colocação emocionante sobre como não chorar, sentir revolta, ante a ausencia do filho, não te-lo mais ocupando o telefone o tempo todo ou reclamando dele pelo som bastante alto, isto porque ele desencarnou....



Sim, é doloroso não poder mais fazer a comida do filho ou escutar-lhe o sorriso largo ou contido, a voz estridente ou suave...é sempre doloroso. Mas o espiritismo entende isso e não é contrário a experiencia da dor da saudade. Encara com naturalidade a dor da ausencia e a lágrima pode vir só que, o alerta espirita aponta, deve-se evitar o desespero, a não aceitação pontuada pela revolta, pelo motivo de que esta atitude, alem de denontar falta de confiança em Deus e na imortalidade de que ele nos dotou, o espiritismo nos mostra o quanto a atitude revoltada prejudica o ente querido, tambem saudoso na pátria dos espiritos, que se ressente da não aceitação do fato por parte dos pais.


É uma prova amarga, no entanto, tambem trabalha o ser, sutilizando sentimentos e preparando o grande reencontro. É um dos momentos mais belos após o desencarne, o reencontro de uma mãe e seu filho, apartados que estavam temporariamente pelo fenômeno da desencarnação. Descrever a felicidade imensa de abrirem-se os olhos na dimensão espiritual e defrontar-se com o rosto querido, sorridente, e efetuar-se o abraço saudoso, como que desejando unificar-se no outro, é algo impossível. É nisso que devemos nos fortalecer. O reencontro é divino e sinaliza com os horizontes luminosos do amanhã. A dor da saudade guiada pela esperança e pela fé em Deus representa manancial de grande resignaçao e entendimento A marte não existe. A presença física é menor ante a presença espiritual perene, não sujeita à morte.



Compreender nossa natureza espiritual e, com isso, desapegar-se da matéria tambem traz indescritível fortaleza de ânimo para enfrentar a prova da separação temporária. Só quem passa por ela sabe o que representa, porem, os que a viveram com a resignação em Deus e a compreensão da imortalidade entende a transitoriedade da separação e a intensidade do reencontro, com toda sua pujança. O amor, literalmente, vence a morte. Saibamos disso.

Um comentário:

  1. A morte de um filho, de um pai, uma mãe... Daquele a quem mais amamos é das dores mais profundas que existem. Ah, como não chorar... Diante da separação daquele a quem tanto amamos, seria difícil compreender a Bondade de Deus não fosse a certeza da reencarnação, do reencontro. Ah, como é maravilhosa a benção da certeza do REENCONTRO... Diante da Consoladora e Abençoada Doutrina de Jesus.
    Em sua palestra lá em Guarabira, você mencionou o livro “ Cartas de uma morta”, neste livro o qual estou lendo, tem um capítulo que a mim causou grande emoção: MINHA MÃE – A GRANDE CONSOLAÇÃO. Fui ás lágrimas com tão emocionante narrativa, onde Maria João de Deus narra o reencontro com sua mãe no plano espiritual.

    MINHA MÃE – A GRANDE CONSOLAÇÃO
    Entregue a essas amargas inquirições, vi-me pequenina e senil a sensação das lágrimas maternas orvalhando as minhas faces. Recordava-me dos menores detalhes do lar, quando experimentei sobre os ombros o contato de veludosas mãos. Ergui repentinamente o meu olhar e, - oh, maravilha! – vi minha mãe a contemplar-me com a melhor das expressões de ternura e amor. Como me senti recompensada, nesse momento inesquecível, de todos os infortúnios que houvera sofrido! Uma inexprimível sensação de júbilo dominou-me a alma ao recordar os amargores da Terra longínqua, pois, nesse instante, toda a minha existência estava concentrada naquela afeição, reencontrada para a VENTURA IMORTAL. Eram os meus temores, as minhas esperanças, os meus afetos, a minha longa saudade; enfim tudo ali estava nos meus prantos de imensa alegria. E aquele ente querido, que na Terra para mim fora o anjo do amor maternal, também se sentia sob o império de grande emoção. Compreendi que os nossos espíritos de há muito se haviam unido na milagrosa teia das vidas sucessivas, e caí-lhe nos braços amorosos, misturando os soluços de nossos sentimentos.- “Minha mãe – consegui dizer – poderá haver maior felicidade do que esta?...”Percebi, a seguir, que era envolvida na onda simpática do seu caricioso olhar, ao mesmo tempo que lhe ouvi a voz repassada de infinita doçura: - “Maria, estás fatigada pelas emoções consecutivas... Vem descansar um pouco ao meu lado, aqui, filha, junto ao meu coração!...” Ah, minhas pálpebras, então, cerraram-me para o sono brando e tranqüilo e adormeci como um pássaro minúsculo, que repousasse sob a proteção carinhosa de grandes asas...

    Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

    ResponderExcluir