A BELA TAREFA

Poetas já cantaram a beleza da maternidade. Pensadores e filósofos se renderam à grandiosa engenharia da Natureza na produção da vida por intermédio da mulher.As religiões propagam que destruir a vida no ventre materno seria contrário às Leis de Deus. A ciencia, por mais fria na intimidade de seus laboratórios não consegue ficar indiferente `a multiplicidade de ensinamentos que se desenvolvem no ventre feminino.

O Espiritismo desdobra-se em demonstrar toda a nobreza e sublimidade da gestação, além de confirmar que a fecundação é, já expressão de uma vida. Na verdade, desde os tempos imemoriais, nos povos reencarnacionistas, a mulher aparece como um ser quase sagrado face ao poder de materializar os seres incorpóreos vindos do infinito, para cumprirem suas missões na Terra. Essa visão bela da tarefa da mulher ganha contornos de ciencia e arte, poesia e reflexão, quando os Nobres Espiritos descrevem, pelo lápis mediúnico, o que ocorre no organismo feminino ante à maternidade.

Médium da vida, preparada biológica e psiquicamente para proporcionar o nascimento de novos seres humanos, a mulher carrega, porisso, a grave responsabilidade moral de, não só perpetuar a vida mas , tambem, de oferecer aos seus pequeninos a base moral de que carecem para sentir Deus e evoluir na árdua tragetória pelos caminhos da vida.

Confesso que não gosto da história do dia das mulheres. Não, obviamente por não admirá-las, mas por entender que todos os dias lhes pertence na colaboração intima que realizam com Deus no processo da vida, bem como por entender que o Espirito, para atingir a plenitude da evolução, necessita de passar pela experiencia masculina e feminina. Portanto, somos um e outro na construção de nossa angelitude. Reconheço, porem, que foi devido à dureza que eram(e ainda, em alguns aspectos, o são) tratadas que se criou mais esse mecanismo de afirmação e respeito ao sexo feminino, até que o grande futuro(que espero esteje próximo) valorize a importância delas no concerto universal.

Vejo- as esvoaçante, tocadas do ardor da vida.
Carregam o archote da vida(embora possam não perceber)
Vejo- as nos templos da divindade e a sagrada chama da vida lhe saúda o martírio dos tempos.

Vejo - as cheias de ternura e de uma força descomunal
E seus olhos refletem o mistério da imortalidade.
Quando querem, sopram toda a renovação e saciam toda a fome que o mundo carrega em si.

Vejo -as, mensageiras e profetizas, pitonisas e deidades
reafirmando ao mundo que o Amor é para sempre.