A QUEIMA DE LIVROS

Estou perplexo. Em pleno século 21, num pais cheio de problemas culturais, educacionais e sócio econômicos, alguns professores em greve no Estado de São Paulo, queimam livros em praça publica. Queimar livros! isso é o retrato que depõe contra os profissionais da educação. A greve é instrumento de pressão de classes profissionais, porem, dar esse péssimo exemplo para os alunos queimando o símbolo da cultura, da edificação da civilização lembra a idade média, a inquisição, como uma forma de combater o progresso. É como se escutássemos a voz medieval bradando; " Não leiam, não se instruam para que Satanaz não se apodere de suas almas." O atraso não deseja que as pessoas se instruam. É mais fácil manipular e aprisionar pessoas ignorantes que aquelas que iluminam a consciencia.

O que diria o grande Castro Alves, com seus versos candentes, sobre os assassinos dos livros em praça publica, principalmente sabendo que são supostos educadores esses algozes do pensamento?O poeta exaltou os que faziam os livros, que clareiam a alma pelo mundo e grita, feliz, pela liberdade.

O que pensaria Rui Barbosa ante a sandice destes que, para protestar, queimam as paginas do conhecimento, como representantes do caos, das sombras que oprimem?

Não vou aqui entrar na questão do motivo para a greve. Não é o objetivo do blog. Ergo minha voz, como educador que busco ser, como pai que sou e como alguem que ama a leitura contra a insanidade ocorrida em São Paulo pelos professores(?) atormentados.

Fico imaginando as aulas desses mestres. E fico pensando que geração irá brotar dessas salas de aula.