CAMPO MORFOGENÉTICO

O grande biólogo inglês, Ruppert sheldrake, é o criador da tese do campo morfogenético. Segundo o cientista, seria esse campo o responsável por ordenar, organizar o mundo das formas. Em tudo existiria esse campo invisível capaz de manter o equilíbrio das formas. O ser humano teria o seu campo; as plantas, os animais, enfim, tudo. Interessante é que essa idéia já havia sido levantada pelo anatomista e pesquisador Harold Sexton Burr, da Universidade de Yale. Ele diz que teríamos um "Campo Modelador da Forma". Bem parecido, não? a parapsicologia defende a mesma idéia através de alguns de seus cientistas, como o Dr. Hernani Guimarães Andrade, já desencarnado. Este falava do MOB - Modelo Organizador da Forma.

A idéia de uma realidade energética responsável pela organização da forma está presente nas várias escolas esotéricas e iniciáticas bem como nas concepções dos povos mais antigos, como o Eidolon, dos gregos, ou o corpo celestial de Paulo de Tarso.

No Espiritismo, essa concepção é reafirmada pelos espiritos superiores. Allan Kardec batizou a substância que envolve os espiritos, conforme estes mesmos haviam dito ao codificador, de Perispirito, neologismo que deriva do grego Peri = revestimento + do latim spiritus = alma. E hoje sabemos como esse corpo espiritual, preexistente ao corpo físico e que prossegue conosco após a morte, é importantíssimo como chave do entedimento sobre diversos fenêmenos da vida. É o elemento que explica a mediunidade assim como reflete a ação da suprema justiça, registrando nossas obras no espelho de sua realidade plasticizante, moldável a ação da mente. Aliás, exatamente por sua submisão a força mental, o perispirito justifica o desenvolvimento de variadas patologias oriundas da desarmonia dos pensamentos e emoções, já que ele é altamente sensível tanto a um como à outro.

Carma, na definição de expiações por deslizes do passado, passa pela ação do corpo espiritual. Ele agrega os recursos que são condizentes às condições espirituais da criatura. É o modelo estruturador, organizador das características das condições fisiológicas, em suas inibições ou mutilações. E sofrendo as consequencias dos pensamentos, gera enfermidades ou produz saúde. Da mente em remorso recebe o influxo para os miasmas, os vibriões que desordenarão o campo imunológico da pessoa, predispondo-a `a multiplicidade das doenças. Sob a ação do amor, o perispírto aumenta sua potencia vibratória, ganha poder de resistir aos ataques de vírus, bacterias e outros, com isso demonstrando sua ação no sistema imunológico.

Na área da mediunidade, ele é decisivo no tocante à interação com outro corpo de energia (do espirito comunicante), que apresente ressonância com seu tônus vibratório. Quanto mais sensibilidade para o bem mais o corpo espiritual se identifica com uma realidade mais sutil, daí sua ação na mediunidade. Essa sensibilidade, no entanto, pode ser grande até em pessoas desajustadas ou de sentimentos negativos. Neste caso, a pessoa nasceu com a mediunidade como recurso de recuperação ante as quedas do passado, em outra encarnações.

Ora, se é o campo morfogenético, ou seja, o estruturador da forma, havemos de convir da sua importância no que diz respeito à integridade da criatura e como repercute o equilíbrio ou o desquilíbrio íntimo dos espiritos. Mais que nunca se patenteia a necessidade do auto estudo, do conhecimento sobre nós mesmos e dos ajustes do pensamento e das emoções para que essa realidade energética possa refletir as melhores condições para nossa saúde e para que venhamos a esmiuçar os poderes que dormitam neste corpo espiritual, de extraordinários recursos para a alma. Recomendo a obra do Zalmino Zimermmam, O Perispírito, bem como as obras de André Luis, psicografadas pelo Chico Xavier, para quem deseja aprofundar o assunto. Se o interesse for mais na área científica, recomendamos o livro "A Nova Ciencia da Vida", do dr. Ruppert Sheldrak ou as pesquisas do casal de cientistas russos Semian Kirliam, os descobridores do efeito Kirliam - os eflúvios energéticos que formam a aura das coisas.