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sábado, 4 de junho de 2011

O EDIFÍCIO QUE SOMOS

Li em uma das ultimas obras de Augusto Cury uma abordagem que considero extremamente adequada na busca que temos de compreender a nós mesmos. É a imagem de que somos um edifício. E como a grande maioria permanece, apenas, no andar térreo desse edifício, ou seja na recepção do prédio. É a área superfial. Não adentramos ao subsolo da construção, onde encontraremos os pilotis do que somos, a base da construção e possíveis desorganizações que podem ameaçar a estabilidade da edificação. Alem disso, quase nunca trilhamos os caminhos de acesso aos andares superiores que representam o futuro, local onde se pode divisar outros horizontes. A visão desses horizontes areja o espírito e lhe aponta novos rumos. Ou lhe inspira resignação e coragem.


Precisamos dessas inspirações que o perpassar dos diversos andares protagonizam. Quantas vezes temos uma facilidade extrema de lidar com numeros ou palavras, livros e máquinas mas permanecemos complicados para lidar com pessoas e, sobretudo, conosco mesmo. Como não vasculhamos o subsolo e não exploramos novos horizontes nos andares superiores, não nos conhecemos e nos acostumamos ao "conforto" da superficialidade, para descobrir, mais tarde, pelas vias da desilusão e do sofrimento, que a alma necessita dinamizar, buscar novos ares a partir dos saltos para dentro de si, inserindo a vida em si e se inserindo nela.


Se já nos inquieta a morosidade dos dias atuais; se nos sentimos sem estímulos ou motivação para participar desse fantástico concerto da vida, é, na verdade, que já não nos satisfaz a recepção do nosso edifício. Temos sede de mais. Temos sede de entender quem somos e precisamos conceber o futuro. Conhecer o edifício como um todo. Consolidar as estruturas base no sub solo e expandir os andares para cima, a fim de que o céu seja o alvo. O céu interno, nos andares superiores da alma.

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