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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

NÃO HÁ SOLIDÃO

Não há solidão no coração que entrega esperança e dissemina amparo à sua volta. Essa é um certeza que a sabedoria espiritual nos faz entender. A solidão é uma chaga que supura em muitas almas nestes dias de rigor que atravessamos. E muitos ainda não entenderam que ela, a soldião, tem a ver com nossa indiferença ao outro. Tem a ver com o olhar atrofiado em direção ao próprio umbigo. Tem a ver com a imobilização de nosso amor, estagnado no poço do egoísmo.

Não está contemplado pelas forças da vida o só olhar para si. Isso declina a energia do ser e adoece a alma. Intoxica a mente e vicia os núcleos da resistencia, fragmentando a consciencia e distorcendo-a. Com excessão daquele momento em que estamos sozinhos à meditar, importante para a conquista de si mesmo, carecemos de interagir e, principalmente, enriquecer vidas, bebendo o elixir da vida na caridade da nossa entrega.

Não há como ser forte sem viver a mais intensa solidariedade. Seremos anêmicos, desprovidos de forças, quando nos isolamos ou desejamos apenas receber. É preciso ofertar, dar-se, ir para outro a fim de ser mais rico, forte, pleno, realizado. Na trajetória da evolução, atravessando o tempo como setas de Deus, entenderemos onde nasce a ventura, onde brota a felicidade, de onde surge a luz da sabedoria : do outro, a partir de nós. De nós, a partir do outro.

Não haverá solidão no coração que ama e serve. Desde a nuvem de testemunha à anuência da consciencia em paz, até aos outros que foram atraídos pelo magnetismo da nossa entrega, jamais existirá espaço para o estar "sozinho". A solidão doentia se combate com fraternidade.

5 comentários:

  1. EXPLICAÇÃO
    Emmanuel
    O aprendiz indagou do Mestre:
    -Senhor, sofro muito... A solidão me aniquila...
    Que fazer de mim, se minha vida é um terrível deserto?
    O Divino Instrutor, porém, respondeu:
    -Filho, a flor aparece onde flor plantada.
    Do Livro Recados do Além - Chico Xavier

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  2. Fred, fiquei feliz por você ter feito um retorno em paz.

    Aqui em Cajazeiras suas palavras confortadoras e de mudanças ainda soam nos corações daqueles que o assistiram. Os que não foram, apenas lamentam.

    Seu texto sobre "Não há solidão", me fez refletir e segurar a convicção de que nunca estaremos sós. Apenas depende de nós. Pensei até em trabalhá-lo em sala de aula. POSSO???

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  3. Olá,
    Sou Moisés do Grupo SinTOMnia, agora que encontrei seu blog vou le pertubar muito, mas antes, vou te pedir algo.
    É porque eu irei apresentar um seminario na minha escola sobre o espiritismo, na disciplina de filosofia, então para iniciar queira começar com as provas da imortabilidade da alma que você citou no seminario aqui em Cajazeiras no Grupo Espírita Cirineus do Caminho, cujas foram bastante esclarecedoras para nós jovens, e como não me recordo de todas, peço-te para que se possivel envie para o meu e-mail que é moisesmoralcz@gmail.com.
    Muito legal a mensagem.
    Atenciosamente,
    Moisés Dantas Cartaxo Abreu Pereira

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  4. À medida que te elevas, monte acima, no desempenho do próprio dever, experimentas a solidão dos cimos e incomensurável tristeza te constringe a alma sensível...
    Onde se encontram os que sorriram contigo no parque primaveril da primeira mocidade?
    Onde pousam os corações que te buscavam o aconchego nas horas de fantasia? Onde se acolhem quantos te partilhavam o pão e o sonho, nas aventuras ridentes do início?

    Certo, ficaram...

    Ficaram no vale, voejando em círculo estreito, a maneira das borboletas douradas, que se esfacelam ao primeiro contacto da menor chama de luz que se lhes descortine à frente.
    Em torno de ti, a claridade, mas também o silêncio...
    Dentro de ti, a felicidade de saber, mas igualmente a dor de não seres compreendido...
    Tua voz grita sem eco e o teu anseio se alonga em vão.
    Entretanto, se realmente sobes, que ouvidos te poderiam escutar a grande distância e que coração faminto de calor do vale se abalançaria a entender, de pronto, os teus ideais de altura?

    Choras, indagas e sofres... Contudo, que espécie de renascimento não será doloroso?

    A ave, para libertar-se, destrói o berço da casca em que se formou, e a semente, para produzir, sofre a dilaceração na cova desconhecida.
    A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza.
    A rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho.

    Não te canses de aprender a ciência da elevação.

    Lembra-te do Senhor, que escalou o Calvário, de cruz aos ombros feridos. Ninguém o seguiu na morte afrontosa, à exceção de dois malfeitores, constrangidos à punição, em obediência à justiça.
    Recorda-te dele e segue...
    Não relaciones os bens que já espalhaste.
    Confia no Infinito Bem que te aguarda.

    Não esperes pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento. E não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, o Divino Amigo dos Homens não somente viveu, lutou e sofreu sozinho, mas também foi perseguido e crucificado...

    EMMANUEL
    (Do livro "FONTE VIVA",

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