Nossa amiga Débora, lá da bela Coruripe, Alagoas, que já me cobrou suas sugestões de temas para o blog (rrsrsrsr) me solicita abordar a questão do divórcio sob a ótica espirita pois afirma ter ficado um pouco confusa pelo fato dos espiritos no evangelho segundo o espiritismo falarem que é uma lei humana separando o que já estava separado, ou seja, oficilizando. Por outro lado, nossa amiga cita Emmanuel em algumas abordagens externando a necessidade do casal ficar junto, etc. Qual a posição adequada?
Bom, primeiro precisamos proceder conforme a lúcida colocação de Allan Kardec no tocante às opiniões espirituais, por mais respeitável seja o nome da entidade, no caso, Emmanuel. Foi uma opinião dele. Observemos outras opiniões do Mundo Maior. Com isso não estou dizendo que o que ele colocou fora errado. É apenas um lembrete que considero importante. Quanto ao divórcio propriamente dito, ora, é difícil crer que o Sublime Amor deseje que um casal se digladie até o desrespeito total ou que chegue ao ponto da agressão moral e física. O que o Espiritismo coloca - e creio que Emmanuel tambem - é que o divórcio seja a última saída, buscando-se a superação das dificuldades que surgem nos casamentos. Não é divorciar-se por qualquer problema ou incompatibilidade, sobretudo quando já se faz presente filhos. Caso não haja possibilidade de vencer-se as incompatibilidades, então, chegamos ao "mal" menor: o divórcio. Nesse caso, é preferível que aqueles indivíduos sigam seus caminhos do que se comprometam mais gravemente perante a Grande Lei.
Engessamos muito nossa visão do funcionamento da lei. E o compromisso daquele casal, acertado antes da reencarnação, como fica? primeiro, entendemos que, se há compromisso anterior e estão a ponto de piorar a situação, seria estratégico o divórcio como colocado acima. Segundo, é difícil dizer se e qual o compromisso pois será que todo casamento na Terra estava programado? tenho dúvidas disso em função do livre arbítrio e dos interesses que movem o ser humano ainda não espiritualizado no planeta. Vejam a quantidade de pessoas que já passaram por dois, tres casamentos ou até mais. Com qual dessas criaturas estava programado o casamento? ainda que tenha sido o primeiro enlace mas casou outras vezes, demonstrando que a liberdade pode forjar as situações. Se os vários casamentos estavam programados, então, já estavam previstos os inúmeros divórcios daquela pessoa?
Como veem, não é tão simples assim. Portanto, o divórcio seria o tratamento amargo para uma situação que, teoricamente, aproximava-se de males mais dolorosos e terríveis. Responsabilidade com esta decisão. Em um mundo em que a maioria das relações não é baseada no amor e sim em outros fatores ( sexo, carencia, interesse social, busca de segurança material, temores diversos) como esperar não apareça caminhos para socorrer a dureza dos nossos corações?
Espero que tenha ficado claro para minha querida irmã Débora o posicionamento do Espiritismo quanto ao tema. É sempre delicado. E o primeiro passo de um casal em crise deve ser a busca da superação, na base do perdão, do respeito mútuo e do resgate daquilo que formou a história afetiva do casal. Em última instância, no entanto, quando a própia integridade emocional e até física do mesmo está em jogo, e´melhor rever os caminhos.
Fred,
ResponderExcluirVocê esclareceu aquilo que era confuso em minha mente. Porque eu nunca sabia o que pensar sobre o tema. Obrigada ser sempre solícito as nossas indagações.
Abraços,
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir...falando em abordagem! Estamos aguardando a sua, sobre a adoção por casais homoafetivos.
ResponderExcluirobrigada!